Ministro português enaltece “papel fundamental” da Força Aérea no projeto KC-390

O ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, e o ministro da Defesa do Brasil, Raul Jungmann (D), durante as honras militares que antecederam a reunião bilateral que decorreu no Comando do Pessoal do Exército no âmbito da visita a Portugal do ministro da Defesa brasileiro, no Porto, 9 de fevereiro de 2017. FERNANDO VELUDO / LUSA

Da Redação

Durante a cerimônia militar do 66º Aniversário da Força Aérea Portuguesa, na Praça do Giraldo, em Évora, o Ministro da Defesa Nacional considerou fundamental o papel da FAP no projeto KC-390, elogiando “o contributo que tem dado para a formulação dos requisitos operacionais e logísticos” desta aeronave.

O projeto KC-390 é “o primeiro programa de aeronáutica com engenharia portuguesa”, tendo resultado em “mais de 450 mil horas de trabalho de engenharia desenvolvida em Portugal, concretamente no Centro de Excelência de Inovação da Indústria de Automóvel (CEIIA), envolvendo outras 14 empresas de vários pontos do País”, frisou.

Para Azeredo Lopes, “o novo impulso no investimento em Defesa, no âmbito da União Europeia e da NATO é um “voo” que Portugal não pode perder”, considerando que o setor aeronáutico e o projeto da aeronave KC-390 são dois exemplos da importância do investimento nesta área.

No passado dia 30 de maio, o Conselho de Ministros aprovou a atribuição de 10 milhões de euros para financiar a participação do Estado, em parceria com a Embraer, no programa de desenvolvimento e produção da aeronave de transportes multiusos.

Azeredo Lopes ainda considerou que a missão da FAP ao serviço de Portugal e dos portugueses “é a mais das vezes silenciosa e discreta, porque muitas das vezes é capacitadora e facilitadora da ação de outros”.

O ministro realçou que no ano passado a Força Aérea realizou mais de 18 mil horas de voo, transportou mais de 600 doentes, em terra ou no mar, realizou mais de 30 missões de transporte de órgãos e completou mais de 30 operações de Busca e Salvamento.

“São ações que não são abstratas. São ações concretas, missões concretas, horas e minutos concretos em que a ação da FAP tocou vidas concretas, de pessoas concretas, de famílias concretas”, destacou.

O Ministro fez ainda questão de recordar os mais de 120 militares da Força Aérea que se encontram empenhados em missões no estrangeiro, seja nas Forças Nacionais Destacadas ou nas Missões de Cooperação no domínio da Defesa.

“Em África, nos Bálticos, no Mediterrâneo, no quadro da ONU, da UE, da NATO, de Coligações Multilaterais ou no âmbito da Cooperação Bilateral com países amigos, as Forças Armadas Portuguesas e a FAP fazem a diferença”, elogiou Azeredo Lopes, acrescentando que “servindo de forma exemplar, assumindo sem hesitar aquela que é a sua condição militar, contribuem de modo efetivo, de modo palpável, de modo real para a paz e para a segurança internacionais”.

O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Teixeira Rolo, dirigiu as suas primeiras palavras de apreço a todos os militares e civis da FAP, “pelo extraordinário compromisso, mestria, devoção e até audácia que têm demonstrado no cumprimento das missões e nas tarefas atribuídas seja em território nacional ou nas diferentes Organizações em contextos internacionais onde Portugal participa”.

Após as intervenções, seguiu-se a imposição de condecorações a militares e civis e homenagem aos mortos em combate. Um dos pontos altos da cerimônia foi o desfile das forças em parada, altura em que quatro aeronaves F-16 sobrevoaram a Praça do Giraldo.

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