Ministro desafia consórcio de universidades lusas a atraírem estudantes estrangeiros

Universidade Évora. NUNO VEIGA / LUSA

Da Redação com Lusa

O ministro português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apontou a atração de estudantes estrangeiros como “um dos principais desafios” para o Campus Sul, o consórcio formado pelas universidades de Évora, Nova de Lisboa e do Algarve.

“Um dos principais desafios é, daqui a 10 anos ou 20 anos, a capacidade do campus e da massa crítica das três universidades de atrair estudantes de todo o mundo”, afirmou o ministro Manuel Heitor, na sessão de apresentação do Campus Sul, em Évora.

Segundo o titular das pastas da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “Portugal e os portugueses precisam que as instituições de ensino superior e as universidades atraiam estudantes de todo o mundo”.

O Campus Sul vai permitir lançar novas licenciaturas, mestrados e doutoramentos, possibilitando aos estudantes passar períodos de tempo em cada uma das três instituições, com alojamento nas residências universitárias.

A criação de centros de investigação aplicada e inovação para a sustentabilidade e de agendas colaborativas com os principais parceiros sociais e econômicos da região são outros dos projetos deste consórcio.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o ministro Manuel Heitor assinalou que Portugal nunca teve “tantos estudantes no ensino superior como nos últimos anos”, considerando que o Campus Sul deve ser “uma forma de dar mais formação”.

Mas, “para alargar a base de formação, [o Campus Sul] tem que ir buscar mais estudantes ao estrangeiro, porque temos um contexto demográfico particularmente específico em Portugal e no Alentejo”, sublinhou.

Por outro lado, realçou o governante, este consórcio representa “uma oportunidade para investigadores, docentes e estudantes das três universidades se articularem com o tecido social e econômico” e se focarem nos “problemas do território”.

“Do patrimônio à questão energética, do hidrogênio à fotovoltaica, à questão das cadeias alimentares, sobretudo, associadas à gestão da água para a produtividade do solo, mas também a produtividade dos mares, no que respeita à agricultura e à biologia marinha”, salientou.

Manuel Heitor notou que estas áreas “precisam de conhecimento e de mais pessoas”, pelo que “um consórcio entre universidades é para atrair pessoas e pessoas novas e estimular ideias disruptivas que criem mais economia e mais mercado”.

Também em declarações aos jornalistas, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, destacou este projeto como um exemplo de descentralização e de coesão.

“Ao termos uma parceria entre três universidades, que têm formações distintas entre si e que vão criar sinergias no território com outros atores, não tenho dúvidas que isto é descentralização e é coesão”, afirmou.

O Campus Sul pretende promover o desenvolvimento sustentável do sul do país e estimular a coesão territorial, focando-se em áreas críticas para o desenvolvimento do sul, “como o patrimônio cultural, sustentabilidade das cidades e comunidades, conservação da biodiversidade marinha e agricultura sustentável.

Projeto inédito

Em comunicado sobre o projeto inédito em Portugal, a Universidade de Évora (UÉ) realçou que, no âmbito desta parceria, vão ser criadas “novas licenciaturas, mestrados e doutoramentos, que vão permitir aos estudantes passar períodos de tempo em cada uma das três instituições, com alojamento nas residências universitárias”.

Além disso, “está também prevista a criação de centros de investigação aplicada e inovação para a sustentabilidade”, disse.

O Campus Sul vai, igualmente, possibilitar a criação de “agendas colaborativas com os principais parceiros sociais e econômicos da região”.

Este trabalho vai ser focado “em áreas críticas para o desenvolvimento do sul” do país, “como o patrimônio cultural, sustentabilidade das cidades e comunidades, conservação da biodiversidade marinha e agricultura sustentável”, acrescentou a UÉ.

O Campus Sul pretende “promover o desenvolvimento sustentável do sul do país e estimular a coesão territorial”, destacou a academia alentejana.

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