Ministro das Finanças quer tecnologia a impusionar exportações e reduzir peso do turismo

 Da Redação com Lusa

O ministro português das Finanças defendeu hoje que é necessário “reduzir a importância” do turismo no PIB e nas exportações, aumentando por outro lado o peso da tecnologia e serviços de “alto valor acrescentado”.

Joaquim Miranda Sarmento falava na Web Summit, numa entrevista sobre “o que se segue para a economia portuguesa”, onde ressalvou que “temos de aumentar o valor acrescentado nas exportações, não só nos bens, mas também serviços”.

O governante admitiu que o turismo é uma “atividade muito importante em Portugal, representando 20% do PIB”, mas defendeu que é necessário “reduzir essa importância e a única forma do país crescer com melhores salários, melhores serviços públicos é com inovação, serviços a vender alta tecnologia e com alto valor acrescentado”.

Assim, reiterou a necessidade de apostar mais na tecnologia, salientando que Portugal “tem um problema de localização geográfica, mas a tecnologia e serviços tecnológicos são um setor económico onde a localização é menos importante”.

“A transformação está a acontecer em Portugal, estamos a exportar mais do que há 15 anos, dantes era 30% do PIB, agora é 50%”, sublinhou o ministro.

Dentro dos serviços, “a tecnologia esta a tornar-se impulsionador das nossas tecnologias e é isso que temos de seguir”, reiterou.

Fundo

Também o ministro da Economia anunciou hoje a criação de um novo fundo ‘deep tech’ de 100 milhões de euros em Portugal, com o objetivo de acelerar a inovação tecnológica com dotação pública de 50 milhões de euros.

Pedro Reis discursava no palco principal da Web Summit, no dia em que aquela que é considerada a maior cimeira tecnológica do mundo termina.

“Caros amigos, tenho o prazer de anunciar aqui e hoje o compromisso do Governo português em criar um novo fundo ‘deep tech’ de 100 milhões de euros em Portugal, a fim de acelerar a vossa inovação tecnológica disruptiva com uma dotação pública de 50 milhões de euros e co-investimento com fundos institucionais adicionais para a participação restante do fundo”, afirmou o ministro.

O novo fundo ‘deep tech’ “será lançado o mais tardar no primeiro trimestre de 2025”, avançou o ministro.

Além disso, “iremos também comprometer outros 10 milhões de euros em fundos de ignição e em ‘vouchers’ que serão concedidos às suas ‘startups’ que lidam com modelos ‘deep tech’ e sustentabilidade”, com o objetivo de apoiar as candidaturas ao acelerador para deep tech’ do European Innovation Council Accelerator for Deep Tech”.

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