Mundo Lusíada
Com Lusa
O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, assumiu em 25 de fevereiro em Londres como desafio colocar Portugal entre os 10 melhores países para fazer negócios, elogiando o exemplo britânico na luta contra a burocracia.
“Um dos nossos principais objetivos nos próximos cinco anos é estar no top 10 dos melhores países para fazer negócios”, afirmou, durante uma palestra no Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras sobre “O Novo Programa para o Dinamismo Econômico de Portugal”.
O ministro defendeu que, para atrair investimento estrangeiro, Portugal precisa ser “mais ágil e menos burocrático” e que é preciso “cortar na burocracia e procedimentos excessivos”.
A este propósito, elogiou o modelo introduzido pelo Governo britânico de David Cameron, que determinou que não pode ser aprovada mais nenhuma nova regulamentação a não ser que outra seja eliminada. A legislação “one in, one out” [um dentro, um fora] é algo que faz sentido para nós e que vamos implementar nos próximos meses”, revelou Álvaro Santos Pereira.
O ministro adiantou ainda estar em discussão uma revisão dos impostos sobre as empresas para Portugal ser mais competitivo na Europa. Durante a palestra de cerca de 30 minutos, o ministro enumerou as privatizações, concessões e reformas feitas pelo governo nos setores do transporte, da energia e do trabalho.
Referiu ainda alguns projetos recentes, como um porto de águas profundas em Lisboa com 7,5 metros de profundidade, constituindo assim uma alternativa a Sines para receber navios de maiores dimensões. “É uma concessão que vale cerca de 600 milhões de euros”, adiantou o ministro.
Ao nível dos recursos naturais, aludiu ao potencial do setor das minas, estimando em entre 170 bilhões e 250 bilhões o valor da riqueza no subsolo português, nomeadamente ouro, ferro, cobre e volfrâmio.
Álvaro Santos Pereira falou ainda das possibilidades de encontrar gás e petróleo, em particular petróleo de xisto. Mesmo se tal não se concretizar, o ministro antecipou “centenas de milhões de euros de investimento nesta área” por parte de multinacionais.