Ministro da Economia preocupado com situação da Portugal Telecom

Da Redação
Com Lusa

Ministro português da Economia, António Pires de Lima.
Ministro português da Economia, António Pires de Lima.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, declarou à Lusa estar preocupado com a atual situação que envolve a PT Portugal e defendeu que a empresa “merece ter acionistas que a valorizem e lhe deem estabilidade”.

A dois dias da assembleia-geral de acionistas da PT SGPS, onde será votada a proposta de venda da PT Portugal (que tem a Meo e Sapo, entre outros) aos franceses da Altice, tudo está em aberto, com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a considerar que “há aspetos ainda a carecer de clarificação”, lembrando que “estão ainda em curso processos administrativos e outros cujas conclusões poderão trazer novos elementos”.

“Estou preocupado com os efeitos desta discussão entre acionistas na PT Portugal. A PT Portugal merece ter acionistas que valorizem e lhe deem estabilidade quanto antes”, disse o governante. “Como ministro da Economia, mais do que todos esses aspetos ligados aos acionistas, o que me preocupa é o futuro da PT Portugal”, apontou Pires de Lima, sublinhando que se trata de uma “empresa relevante para economia portuguesa”, responsável por vários postos de trabalho e que “merece encontrar acionistas estáveis para sair desta sombra, que se tem adensado nos últimos meses, rapidamente”.

O ministro reiterou que o Estado não interfere em empresas privadas, mas disse que não pode deixar de seguir “com atenção e alguma preocupação” a atual situação. “Sei bem como indefinições ao nível dos acionistas podem afetar gravemente o funcionamento operacional de uma boa empresa e nós já vivemos experiências noutros setores no passado que nos deviam servir de exemplo”, salientou.

“Espero que a assembleia-geral possa dar passos clarificadores que permitam limpar estas sombras que ameaçam contaminar a operação da PT Portugal”, disse, apontando que “a empresa tem imensas qualidades” e “uma grande capacidade operacional”.

“Quanto mais depressa uma boa empresa encontrar acionistas estáveis e com capacidade de investir na empresa melhor”, concluiu.

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