Ministra rejeita acusação do PS sobre politização na fiscalização contra imigração ilegal

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro (C), e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco (D), presidem a uma reunião com membros de associações representativas da Àrea Metropolitana de Lisboa, dirigentes de algumas entidades públicas, como a GNR, a PSP, do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), e da agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), 29 de outubro de 2024. Entre as associações. Moinho da Juventude, Mundo Nôbu, Afrolink, Movimento Nu Sta Djuntu – Estamos Juntos, Associação Caboverdeana, Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu, Academia do Johnson, Associação HELPO, Semear o Futuro, Djass - Associação de Afrodescendentes e a FEMAFRO – Associação de mulheres negras, africanas e afro descendentes em Portugal. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Da Redação com Lusa

Nesta segunda-feira, o PS acusou o Governo português de estar a politizar o discurso sobre as ações de fiscalização que estão a ser feitas pelas polícias no combate à imigração ilegal, acusação que a ministra da Administração Interna rejeitou.

Margarida Blasco, que está a ser ouvida no parlamento no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025, destacou o reforço na fiscalização: “Como foi visível na semana passada, o Governo deu uma orientação clara às forças de segurança para reforçarem as ações de fiscalização que têm estado e vão continuar no terreno”.

A ministra explicou que “estas ações multiforças são encabeçadas pelo Sistema de Segurança Interna, enquanto coordenador das forças de seguranças, e envolvem a GNR, PSP, PJ, ASAE, Autoridade das Condições do Trabalho (ACT), Autoridade Tributária e Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA)”.

“Estas ações têm como foco o combate à criminalidade violenta, tráfico de droga, imigração ilegal e tráfico de seres humanos. E ainda a fiscalização das atividades económicas”, precisou.

O deputado do PS Pedro Delgado Alves considerou que “é estigmatizante” associar a permanência irregular em Portugal com a prática de crimes desta natureza, frisando que o Partido Socialista não critica que seja necessária a realização de operações direcionadas à atividade económica e ao combate ao tráfico de droga e imigração ilegal.

“Estas ações normalmente não são politizadas por representantes no parlamento, não anunciadas por membros do Governo como uma mudança de paradigma”, criticou o deputado socialista, ressalvando que “não está em causa a competência das forças de segurança”.

Em resposta, a ministra respondeu: “Sendo estas operações e a polícia de proximidade uma constante, não me parece que isto seja politizado, só se foi politizado aqui na Assembleia”.

Margarida Blasco sublinhou que estas operações fazem parte da ação das forças de segurança e “são necessárias” e “perfeitamente normais”.

Na sexta-feira decorreu uma operação de fiscalização na zona do Martim Moniz, em Lisboa, e no sábado no Porto.

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