Da Redação
Com foco na contribuição para a paz e a segurança internacionais, por meio da capacitação de militares e policiais de nações amigas, o Ministério da Defesa brasileiro (MD), por meio das Forças Singulares, promove uma série de cursos em parceria com Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto é resultado do compromisso de ofertas firmado pelo Brasil na Conferência Ministerial da ONU, realizada em dezembro de 2021.
Na segunda-feira (22), teve início o curso de Operações de Paz para Mulheres, voltado para ampliar a atuação destas nos atuais cenários das missões, com ênfase, principalmente, nas áreas de direitos humanos e de apoio humanitário. O treinamento prosseguiu até 26 de agosto, no Centro de Operações de Paz de Caráter Naval (COpPazNav), no Rio de Janeiro, com a participação de 13 integrantes dos países: Argentina, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Guatemala, Nigéria, Paquistão e Portugal. Dentre elas, seis recebem apoio financeiro integral em cumprimento ao acordo da Conferência Ministerial da ONU.
Contribuição
O Brasil, também, possui histórico de contribuições no aperfeiçoamento de efetivo para atividades de remoção de artefatos explosivos e para o emprego de material de engenharia em prol da reconstrução da paz. Nessa vertente, estava ainda em andamento o curso de ação contraminas, conduzido pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
O objetivo é preparar os profissionais para atuar como supervisores e monitores em missões de desminagem humanitária, tanto em missões de paz sob a égide da ONU, como em apoio a organismos internacionais ou decorrente de parcerias com nações amigas, a exemplo do que ocorre atualmente na Colômbia. Participam da capacitação sete militares da América Latina: Colômbia, Bolívia, Guatemala e Paraguai.
Até o momento, as atividades de intercâmbio de ensino militar no contexto das operações de paz incluíram, ainda, o curso de Manutenção de Equipamentos de Engenharia, com a participação de cinco nações africanas (Gana, Tanzânia, Uganda e Quênia) no Centro de Instrução de Engenharia (CIEng), Araguari-MG.
De acordo com a Subchefia de Operações Internacionais, do Emcfa, até o fim de 2022, estão previstos cursos nas áreas de proteção de civis, força-tarefa marítima, operações ribeirinhas e de engenharia horizontal.