Por Adriano Augusto da Costa Filho
No ano de 1996, tentei no Consulado de Portugal em São Paulo obter a minha cidadania portuguesa, junto com a minha esposa Felisbela, a dela foi aceita imediatamente, todavia, a minha não foi possível em virtude de erros na certidão de nascimento. Como na época do meu nascimento os cartórios escreviam tudo à mão, naturalmente letras eram confundidas, e o nome da minha avó Libória de Oliveira, na escrita parecia Livonia de Oliveira. Como era um sonho obter a cidadania, entrei na justiça e a juíza concedeu ao cartório escrever ao lado do nome de minha avó: leia-se Libória de Oliveira, no entanto, isso de acordo com o cartório levaria para a minha pessoa trocar toda e qualquer documentação, então desisti do meu intento.
Agora na legislação de Portugal houve uma grande modificação, e bastaria conseguir a certidão dos meus pais, ou qualquer um deles devidamente reconhecida do cartório e aqui eu provar que era filho deles, com que a minha certidão teria que ser de “teor completo” e a certidão de casamento, documentos enviados ao Consulado de São Paulo, para reconhecer as assinaturas dos cartórios.
Assim foi feito tudo em ordem, remeti para a conservatória de Lisboa e tudo foi aprovado e como eu estava de viagem em Portugal, no dia 23 de maio último na Conservatória de Lisboa recebi o meu R.G. (Cartão de Cidadão português), bem como, o passaporte da União Europeia/ Portugal.
A própria legislação estende-se, além dos filhos, para netos e bisnetos de portugueses, e assim sendo as minhas filhas também entraram com os pedidos de obtenção da cidadania portuguesa, cujas documentações estão entregues para avaliação na Conservatória de Lisboa.
Imensamente feliz com essa obtenção da cidadania portuguesa, então eu na minha euforia comecei a pensar: eu era luso-descendente, brasileiro pelo sol, brasileiro nato e português pelo sangue, passei a ser brasileiro nato, português nato e cidadão europeu. Agora tenho duas datas de nascimento para comemorar: 26 de fevereiro, como brasileiro, e 23 de maio como português.
Glória eterna aos meus queridos pais portugueses, que lá no infinito devem estar radiantes, por saber que o seu filho, Adriano Augusto da Costa Filho, também é português com muito orgulho, para honra e glória do Portugal eterno.
Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa, Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes/Ceará, Associação Portuguesa de Escritores/Lisboa, e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.
1 comentário em “Minha Viagem ao Portugal eterno (parte 2)”
Muito Obrigado por publicar este artigo impressionante.
Eu já sou um leitor de muito tempo, mas nunca fui obrigado a deixar um comentário.
Me increvi no seu blog e compartilhei no meu Twitter.
Mais uma vez obrigado por este ótimo post!