Mia Couto: Presidente moçambicano representa “uma grande esperança”

Da Redação
Com Lusa

O escritor moçambicano Mia Couto considerou que o presidente do país, Filipe Nyusi, representa “uma grande esperança” para Moçambique “ser feliz”.

“Aqui está uma grande esperança de que Moçambique possa realmente encontrar um tempo seu e ser feliz”, referiu o escritor durante a apresentação do seu novo livro ‘O Bebedor de Horizontes’, em Maputo, numa sessão em que o chefe de Estado também participou.

“Conhecem a minha posição crítica em relação às questões sociais, políticas, portanto, ninguém me pode acusar de bajulação ou panfletismo”, referiu antes da alusão a Nyusi.

Mia Couto enalteceu a “proposta que vem desde que o presidente tomou posse de, contra tudo e contra todos, estabelecer o diálogo, fazer pontes, mostrar que esses que são erguidos como inimigos são pessoas como nós e que é preciso vencer esse preconceito e ir ao encontro de essas outras pessoas”.

Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, líder da Renamo, principal partido da oposição, têm declarado estar em conversações para estabelecer um acordo de paz para o país.

Dhlakama anunciou em maio um cessar-fogo indeterminado e a aproximação entre ambos ficou selada com um aperto de mão depois de, em agosto, Nyusi ter ido ao encontro do líder da oposição, que se encontra refugiado na Serra da Gorongosa, centro do país.

Nyusi viria a revelar no início de outubro, no congresso da Frelimo, partido no poder, que partiu para a Gorongosa sem aviso, para evitar que as forças de segurança ou outros membros da organização partidária o tentassem dissuadir.

Em resposta a Mia Couto, Nyusi recomendou moderação na esperança quanto à brevidade com que um acordo possa surgir. “Isso tudo depende de nós e de encontros como estes”, com debate de ideias e que “resolvem esses problemas”.

A apresentação do livro foi feita na sede da Fundação Fernando Leite Couto, pai do autor, espaço considerado pelo presidente como um exemplo para outras famílias.

“Queria encorajar mais famílias para que criem espaços, porque acredito que se todas as famílias criarem espaços como estes, não haverá fronteiras para nada, todos nós vamos conseguir, em todos os espaços, conversar e encontrar soluções para tudo o que é necessário”, concluiu.

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