Mau tempo em Portugal traz prejuízos, inundações e onda gigante no Porto

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Mundo Lusíada
Com agencias

As condições atmosféricas que se têm registrado em Portugal, com fortes chuvas e ventos, causaram inundações, quedas de árvores, trânsito interrompido, quedas de muros e pessoas desalojadas.

Na cidade de Lisboa registraram-se 22 inundações “sem gravidade”, e a queda de várias estruturas, revestimentos, cabos elétricos e árvores, segundo informações dos Sapadores Bombeiros.

No norte do país, um tornado provocou danos em 14 habitações no concelho de Paredes, desalojando mais de 50 pessoas, segundo dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil, que registrou também estragos num armazém e numa fábrica de móveis, em oito veículos e falhas no fornecimento de eletricidade.

Em Mirandela, um deslizamento de terras de madrugada atingiu três edifícios no loteamento Princesa do Tua e obrigou à evacuação das seis habitações, disse o presidente da Câmara local, António Branco.

Nos três distritos alentejanos registraram-se vários incidentes devido às condições atmosféricas. No distrito de Beja, três pequenas inundações e a queda de cinco árvores, sem causar danos materiais, nem vítimas, revelaram os bombeiros.

As quedas de árvores verificaram-se nos concelhos de Vidigueira (duas), Ourique, Beja e Mértola (uma em cada), sem provocarem maiores danos. Quanto às três “pequenas inundações”, igualmente sem prejuízos, acrescentou a mesma fonte, registaram-se nos concelhos de Moura (duas) e Barrancos (uma).

No distrito de Évora registaram dez pequenas inundações e 11 quedas de árvores. No distrito de Portalegre, onde a chuva e vento forte se fizeram sentir, registaram-se 11 quedas de árvores em vários concelhos, uma pequena inundação numa via e o deslizamento de um muro.

Porto
Uma onda de grandes dimensões arrastou carros e provocou feridos na zona da Foz do Douro, no Porto, disse à Lusa fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto.

O acidente ocorreu perto das 16:00 deste dia 06 de janeiro, no cruzamento das ruas da Esplanada do Castelo com D. Carlos I, junto ao Castelo de S. João da Foz, perto praia do Ourigo.

Paredes
Os prejuízos provocados pelo tornado da madrugada de sábado, em Paredes, ascendem a 5,5 milhões de euros. Os dados são ainda preliminares e resultam do levantamento que os serviços da autarquia de Paredes e da proteção civil estão a realizar no terreno.

O presidente da câmara, Celso Ferreira, reuniu-se com os vereadores para preparar a reunião do executivo, na qual se prevê que possam ser aprovadas as primeiras medidas de apoio às cerca de 60 pessoas desalojadas. “Os telefones não param de tocar”, contou.

Nas próximas horas, deverá estar concluído o dossiê que sustentará o pedido da câmara ao Governo para que seja declarada a situação de calamidade pública. O tornado foi sentido pouco depois das 03:00 de sábado e danificou uma centena de edifícios nas freguesias de Lordelo, Vilela, Duas Igrejas e Sobrosa, numa extensão de cerca de 5km.

Os danos também foram observados no cemitério e igreja matriz da localidade de Duas Igrejas e na cobertura do pavilhão desportivo da Escola Secundária de Vilela. Vários automóveis também foram afetados.

Na Escola Secundária de Vilela, foram suspensas as aulas prática de educação física. Albino Pereira, diretor da escola, declarou não haver condições no pavilhão, depois da cobertura ter sido destruída e de muito material que se encontrava no interior do edifício ter desaparecido.

Açores
Em 05 de janeiro, o mau tempo obrigou a SATA a cancelar seis voos para as Flores, nos Açores, deixando em terra 306 passageiros. José Gamboa acrescentou que foram cancelados os voos “Ponta Delgada/Terceira/Flores/Horta/Flores/Terceira/Ponta Delgada, ligações que eram extraordinárias de reposição de dias anteriores”, e ainda a ligação de rotina “Horta/Flores/Horta”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sete das nove ilhas dos Açores sob aviso vermelho devido à previsão de agitação marítima. As ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo) estão sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, devido à previsão de agitação marítima, com ondas de oeste de sete metros, aumentando para 12 metros e passando a noroeste até às 01:00 de segunda-feira.

Atualmente o IPMA mantém um aviso amarelo – o segundo menos grave de uma escala de quatro – em dez distritos do país – Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro.

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