Mário Soares: CPLP recorda “contributo bastante significativo” na descolonização de países lusófonos

Exéquias do Ex-Presidente da República Portuguesa, Mário Soares. Foto: Beto Barata/PR
Exéquias do Ex-Presidente da República Portuguesa, Mário Soares.
Foto: Beto Barata/PR

Da Redação
Com Lusa

A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, lamentou a morte do ex-Presidente português Mário Soares, recordando o seu “contributo bastante significativo” na descolonização e democratização de países lusófonos.

“Associo-me à dor do povo português, lamentando a morte do doutor Mário Soares, aquele que foi um grande lutador da liberdade, deu um contributo bastante significativo à causa da descolonização dos países de expressão portuguesa e ao processo de democratização dos nossos países”, disse à Lusa a responsável da CPLP, no final da cerimônia solene evocativa de homenagem ao antigo Presidente, no Mosteiro dos Jerónimos.

A nova secretária-executiva da CPLP – que assumiu o cargo a 01 de janeiro – recordou que Soares “foi um grande amigo dos países lusófonos”. “Neste momento da sua perda, rendemos a mais profunda homenagem à memória daquele foi um ilustre cidadão lusófono”, declarou Maria do Carmo Silveira.

Mário Soares morreu no sábado, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. O Governo português decretou três dias de luto nacional, até quarta-feira.

O corpo do antigo Presidente da República esteve em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos, depois de ter sido saudado por milhares de pessoas à passagem do cortejo fúnebre pelas principais ruas da capital com escolta a cavalo da GNR, e o funeral no o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

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