Da Redação
Com Lusa
A candidata presidencial Maria de Belém defendeu nesta quarta-feira uma maior sensibilidade relativamente ao mundo empresarial com o objetivo dos estudantes terem integração no mercado de trabalho português para que as pessoas não se sintam “exportadas pelo seu próprio país”.
Em declarações à agência Lusa à margem de uma reunião com o Movimento Associativo Estudantil do Ensino Superior, Maria de Belém considerou que um “dos problemas graves atuais é a dificuldade de integração no mundo do trabalho relativamente aos jovens”.
“Que haja uma sensibilidade relativamente ao mundo empresarial no sentido de poder integrar estes jovens quadros depois de todo o percurso acadêmico, que pode ser feito parcialmente lá fora como é proporcionado pelos europeus, mas sobretudo as pessoas não se sentirem exportadas pelo seu próprio país”, defendeu.
Na opinião da candidata presidencial, foi e é feito um grande investimento na qualificação dos estudantes e, “independentemente da importância da relação com o exterior”, é “muito importante que estes jovens que estão a ser preparados tão bem, possam ter integração no mercado de trabalho português quando chegar a altura de o pretenderem fazer”.
“O nosso nível salarial muitas vezes acaba por exportar todas estas pessoas perante ofertas de trabalho que são extraordinariamente sedutoras. Esta saída em massa que tem acontecido nos últimos anos está a provocar grandes desestruturações que são negativas e essa é a minha grande preocupação”, enfatizou.
Mas as preocupações de Maria de Belém relativamente ao ensino superior vão mais longe e por isso a candidata considera que é essencial que o acesso deva ser “garantido independentemente das condições econômicas de base dos alunos”, sendo por isso necessária “uma política de ação social a funcionar em condições para garantir essa acessibilidade”.