Mais de 22.700 refugiados com proteção temporária em Portugal – SEF

Olga Postolenko, refugiada da Ucrânia, está num quarto adaptado de um camarote do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Entrar no piso dos camarotes do Estádio de Leiria faz esquecer que estamos numa infraestrutura desportiva. À saída dos elevadores ouvem-se os risos e as brincadeiras das crianças. Há uma televisão a transmitir desenhos animados e um quadro a giz, onde portugueses filhos de ucranianos ajudam a integrar os novos amigos. PAULO CUNHA/LUSA
Olga Postolenko, refugiada da Ucrânia, num quarto adaptado de um camarote do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Entrar no piso dos camarotes do Estádio de Leiria faz esquecer que estamos numa infraestrutura desportiva. À saída dos elevadores ouvem-se os risos e as brincadeiras das crianças. Há uma televisão a transmitir desenhos animados e um quadro a giz, onde portugueses filhos de ucranianos ajudam a integrar os novos amigos, 2022. PAULO CUNHA/LUSA

Da Redação com Lusa

Mais de 22.700 pessoas que fugiram da Ucrânia devido à guerra obtiveram proteção temporária em Portugal, anunciou hoje o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), adiantando que mais de um terço são menores.

O SEF diz, em comunicado, que “já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 22.706 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e a cidadãos estrangeiros” que residiam naquele país.

Dos 22.706 pedidos, 8.121 reportam-se a menores, acrescenta.

O SEF tem uma plataforma ‘online’, em três línguas, para pedidos de proteção temporária para pessoas que fogem da Ucrânia por causa da guerra.

A plataforma ‘SEFforUkraine.sef.pt’ “possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer ‘online’ um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses”, segundo o SEF.

No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos que a requeiram têm acesso aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, pelo que podem beneficiar assim destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspectos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados das Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.

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