Foto A casa que António de Oliveira Salazar viveu em Lisboa, em 1933, e que abandonou após ter sido alvo de um atentado, em 1937.
Da Redação
Com Lusa
Mais de 14 mil pessoas já assinaram uma petição pública pela intervenção do Governo português para impedir a instalação de um museu sobre a antiga ditadura do Estado Novo e seu líder, Salazar, em Santa Comba Dão, Viseu.
O documento digital foi colocado na Internet há escassos dois dias e meio e tem como subscritores o antigo líder sindical Carvalho da Silva, o analista político Pedro Adão e Silva, a escritora Maria Teresa Horta, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura ou o cantor de intervenção Francisco Fanhais, entre outros.
O texto “Museu de Salazar, não!” apoia uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, em 12 de agosto, na qual 204 ex-presos políticos exigiam ação ao executivo do PS, além de expressar “o mais veemente repúdio” pela iniciativa anunciada pelo autarca local.
Segundo a petição, o projeto de Santa Comba Dão, “longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações”, seria “um instrumento ao serviço do branqueamento do regime fascista (1926 – 1974) e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril”.