Maestro João Carlos Martins recebe homenagem na Câmara Municipal de SP

Evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) abre comemorações pelo Movimento Constitucionalista de 1932.

Da Redação

Neste ano, as comemorações pelo 9 de julho começam mais cedo na capital paulista, com a cerimônia de entrega do Colar Carlos de Souza Nazareth ao maestro João Carlos Martins, que acontece na terça-feira, dia 3, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo.

Realizado pelo Conselho Cívico e Cultural da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) desde 2002, o colar celebra o aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932 por meio de homenagens a pessoas e instituições que, por seus relevantes serviços prestados à sociedade, tornaram-se dignas de público e reconhecimento.

Ainda serão homenageados na solenidade o embaixador Rubens Ricupero, a Fundação Cásper Líbero e a Estância Climática de Cunha, cenário da Revolução de 32. Neste ano o Movimento de 32 completa 86 anos.

Simbolizando a luta pela liberdade e pela construção de um futuro justo, o colar carrega o nome de Carlos de Souza Nazareth, presidente da ACSP durante a eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932, a qual marcou os esforços paulistas em busca de uma nova Constituição e da democracia.

Os homenageados

O luso-brasileiro, Maestro João Carlos Martins, é pianista de reconhecimento internacional, idealizador da Fundação Bachiana. Filho de portugueses de Braga, João Carlos Martins sempre teve uma ligação familiar e pessoal com Portugal e com a cultura portuguesa.

Fundação Cásper Líbero, apresentada como importante complexo de comunicação que leva informação e entretenimento a um público amplo e variado desde 1944.

Estância Climática de Cunha, localizada no Alto do Vale do Paraíba, foi cenário heroico da Revolução de 1932.

ACSP na Revolução

Em 1932, sob a presidência de Carlos de Souza Nazareth, a ACSP participou das tentativas de diálogo com o governo ao lado de outras lideranças, reivindicando respeito a SP e à autonomia do estado ― o que vinha sendo negado pelo então presidente Getúlio Vargas, que revogou a Constituição e centralizou a administração política e econômica do país.

Quando ficou evidente que não havia possibilidade de acordo com Getúlio, a Associação, acompanhando o sentimento geral da população paulista, engajou-se na campanha pela defesa de uma Constituinte imediata, que culminou na deflagração da Revolução.

A entidade assumiu funções de suporte ao movimento: cuidou das finanças, da intendência e do abastecimento; colaborou para o alistamento; ajudou na captação e distribuição de donativos. Fez também a campanha “Ouro para o bem de SP”, cujos recursos remanescentes foram doados à Santa Casa de Misericórdia.

Vencido no campo militar, devido à superioridade de recursos do governo federal, o Estado de SP foi vitorioso no plano moral por lutar pelo Estado e pelo Brasil. Por ter assumido a responsabilidade pela participação das classes empresariais paulistas na Revolução, Carlos de Souza Nazareth foi preso e exilado. Mas viu seus ideais vencerem, quando em 1934 foi convocada a Constituinte, pela qual ele tanto lutara.

Serviço
Cerimônia de Outorga do Colar Carlos de Souza Nazareth
Dia: 3/7/18 (terça-feira)
Horário: 17h
Local: Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo
Viaduto Jacareí, 100, 8º andar, São Paulo/SP

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