Maestro João Carlos Martins lança sua biografia em SP e recebe torcedores da Lusa

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Da Redação

O Maestro João Carlos Martins lançou na noite da última quinta-feira, 05 de novembro, sua biografia oficial, de autoria do jornalista Ricardo Carvalho.

O evento aconteceu na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista em São Paulo, e contou com a presença do presidente da Portuguesa, Jorge Manuel Gonçalves, que levou uma camisa com o número 1 para o Maestro.

Intitulada “Maestro!” a biografia conta a trajetória do mais importante pianista brasileiro de todos os tempos, e como o maior intérprete de Bach superou diversas adversidades sem deixar a música, além do seu amor pela Lusa.

Filho de portugueses de Braga, João Carlos Martins sempre teve uma ligação familiar e pessoal com Portugal e com a cultura portuguesa. Entre o público presente no evento para acompanhar o lançamento, esteve um grupo de torcedores da Portuguesa que presenteou o maestro com a camiseta do grupo Um dos Todos, Todos pela Lusa.

O livro “Maestro! A volta por cima” foi lançado pela Editora Gutenberg e está à venda nas livrarias de todo o Brasil.

Ricardo Carvalho, autor do livro, foi repórter na Folha de S.Paulo, onde recebeu o 1º Prêmio Vladimir Herzog. Na TV Cultura, foi diretor de jornalismo. Na TV Globo, editor-chefe de telejornais e do Globo Repórter. Na TV Gazeta, faz comentários ao vivo sobre sustentabilidade. Escreveu a biografia de Dom Paulo Evaristo Arns. Foi o coordenador do livro “As capas desta história” sobre a imprensa alternativa. Com Zuenir Ventura e Elson Martins, deu forma à autobiografia de Genésio Ferreira, o menino da floresta que colocou na cadeia os assassinos de Chico Mendes.

História
João Carlos Martins se apaixonou por música, ainda criança, quando seu pai comprou um piano. Com 11 anos, já estudava o instrumento por seis horas diárias. Seus primeiros concertos trouxeram a atenção de toda a crítica musical mundial. Foi escolhido no Festival Casals, dentre inúmeros candidatos das três Américas para dar o Recital Prêmio em Washington. Aos vinte anos estreou no Carnegie Hall, patrocinado por Eleanor Roosevelt. Tocou com as maiores orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano. Foi ele quem inaugurou o Glenn Gould Memorial, em Toronto.

Sua vida parecia destinada à leveza da música clássica, mas João Carlos Martins foi surpreendido quando, em um jogo de futebol, acabou perdendo os movimentos da mão direita. Mais tarde, desenvolveu ainda uma doença chamada Contratura de Dupuytren. Começava a grande luta de sua vida. Anos depois, na Bulgária, onde tinha ido realizar um concerto, mais uma dura prova: durante um assalto, um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento de mãos novamente. Pensou que nunca mais voltaria a tocar.

Mas como todo grande amor, a música o fez retornar. Realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento de suas mãos criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizou-se da mão esquerda para suas peças e obteve extremo sucesso com esta atitude. Hoje é pianista e maestro.

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