Da Redação Com Lusa
O presidente do Governo da Madeira admitiu neste dia 05 que poderá haver um aumento do número de casos de covid-19 na região autónoma no decurso da próxima semana, mas reafirmou que a situação pandêmica está sob controle.
“Até agora estamos a ter o controlo da situação. A situação não é diferente, em termos de propagação, do resto do país e a nível da Europa”, disse Miguel Albuquerque, numa visita ao Hospital dos Marmeleiros, no Funchal, onde o quarto piso foi totalmente remodelado, disponibilizando 70 camas que podem ser utilizadas para doentes com covid-19.
O governante reconhece que o regresso de milhares de estudantes e emigrantes à região durante o período do Natal e fim do ano, aliado a comportamentos de risco por parte de muitas pessoas, conduziu ao aumento exponencial do número de infeções.
De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago da Madeira, com cerca de 267 mil habitantes, regista 876 infecções ativas, num total de 2.110 casos confirmados desde 16 de março de 2020, e 16 óbitos.
Na segunda-feira, foram assinaladas duas mortes e 110 novos casos, 99 dos quais de transmissão local, o valor diário mais alto desde o início da pandemia.
O aumento dos casos nos últimos dias colocou o concelho do Porto Santo em risco muito elevado de contágio e os concelhos do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava em risco elevado, situação que levou o executivo, de coligação PSD/CDS-PP, a impor novas restrições, como o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 em todo o território ou o encerramento dos bares e restaurantes às 22:30 até pelo menos 15 de janeiro.
“É provável que na próxima semana, semana e meia, ainda haja um aumento do número de casos. Estamos preparados para isso. Depois, esperamos que haja uma diminuição”, afirmou Miguel Albuquerque.
O chefe do executivo destacou que a região está a atuar em “várias frentes” no combate à covid-19, com a vacinação, que começa hoje a ser administrada nos lares de terceira idade, e a testagem no aeroporto e nas escolas, nomeadamente nos quatro concelhos de maior risco.
Miguel Albuquerque explicou que, numa primeira fase, serão testados cerca de sete mil professores e funcionários, e depois eventualmente também os alunos, vincando que os encarregados de educação não se devem preocupar, porque “o local mais seguro para estar é nas escolas”.