Lula reafirma que país está preparado para enfrentar crise dos EUA

Da Redação Com ABr

Antônio Cruz/ABr

BRASÍLIA >> Presidente Lula discursa durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, órgão consultivo da Presidência da República.

No momento em que as bolsas de valores de todo o mundo e os sistemas financeiros reagem mal ao pacote econômico anunciado pelos Estados Unidos na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou não acreditar que a atual crise norte-americana possa afetar o crescimento do Brasil. Em 30 de março, o presidente reafirmou que a economia brasileira está preparada para a crise.

"Estamos vivendo um momento de tamanha tranqüilidade, sem perder a responsabilidade de que até uma crise americana em outros tempos teria quebrado o país. E estamos vendo artigos em todas as revistas do mundo que afirmam que possivelmente o Brasil seja o país que saia mais ileso dessa crise americana", afirmou, em discurso na inauguração da obra de reforma do prédio da Agência Central dos Correios, em São Paulo.

Participaram da cerimônia os ministros das Comunicações, Hélio Costa; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; da Previdência, Luiz Marinho; e da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, além do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab.

Ainda sobre a crise norte-americana, Lula também afirmou que o governo está atento aos rumos da economia e que ainda não há razão para não haver tranqüilidade no Brasil.

"Primeiro, os investimentos já foram definidos em 2007, segundo, o dinheiro do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] já foi empenhado, as grandes obras já foram contratadas, estou convencido de que vamos continuar no caminho certo" disse. "Estou tranqüilo. Obviamente que todos nós temos que estar com os dois olhos muito abertos para saber o que vai acontecer na economia americana e, conseqüentemente, na economia mundial".

Lula também afirmou que os Estados Unidos precisam assumir a responsabilidade de evitar que a crise se alastre e possa atingir todo o mundo. "Não é possível que pessoas que não tenham nenhuma casa nos Estados Unidos, que não fizeram nenhuma hipoteca paguem a crise da irresponsabilidade de alguns que resolveram ganhar dinheiro fácil, como se estivessem apostando em um cassino", afirmou o presidente.

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