Da Redação
Com Lusa
A fabricante de aeronaves brasileira Embraer terminou o ano de 2017 com um lucro de 795,8 milhões de reais (197,3 milhões de euros), um crescimento de 35,94% face ao ano anterior, segundo o balanço financeiro divulgado dia 08.
No último trimestre do ano passado, porém, o lucro da Embraer caiu 82% em relação ao mesmo período de 2016, passando de 648,3 milhões de reais (160,7 milhões de euros) para 117,2 milhões de reais (29 milhões de euros).
Já o lucro líquido ajustado da companhia, que exclui impostos diferidos e itens especiais somou 899,4 milhões de reais (223 milhões de euros) em 2017, tendo sido obtidos 191,5 milhões de reais (47,5 milhões de euros) no quarto trimestre do ano passado.
A receita líquida da Embraer em 2017 foi de 18,7 mil milhões de reais (4,6 mil milhões de euros), valor que indica uma queda de 13% face aos 21,4 mil milhões de reais (5,3 mil milhões de euros) alcançados em 2016.
Segundo a fabricante de aeronaves brasileira, os principais fatores da queda foram “a valorização do real durante o ano e a queda do número de entregas dos jatos comerciais e executivos”.
No quarto trimestre, a receita líquida da empresa recuou 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando em 5,6 mil milhões de reais (1,3 mil milhões de euros), resultado também justificado pela companhia pela queda do número de entregas de aeronaves no período.
Em 2017, a fabricante brasileira informou que entregou 101 aeronaves comerciais e 109 executivas, sendo 72 jatos leves e 37 jatos grandes, atingindo a sua estimativa anual de entregas.
Para 2018, foram mantidas as estimativas de entregar entre 105 e 125 aviões executivos e entre 85 e 95 aviões comerciais.
A Embraer também mencionou no seu balanço financeiro que os planos de fusão ou de criação de uma nova companhia em parceria com a empresa norte-americana Boeing continuam em andamento.
“As negociações continuam em andamento e uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do Governo brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias. Não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar”, concluiu.
A empresa mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilômetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, arredores de Lisboa.