Lisboa vai ter museu digital dedicado ao patrimônio

Vista do Aqueduto da Amoreira, ex-libris da cidade incluido na maior fortificação abaluartada do mundo, classificada como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Elvas, 30 de junho de 2012. FOTO NUNO VEIGA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, na última semana, uma moção do PSD no sentido da criação do Museu Virtual do Patrimônio Edificado e Paisagístico, no seguimento da revisão da Carta Municipal do Patrimônio.

A moção apresentada pelos vereadores João Pedro Costa e Teresa Leal Coelho foi aprovada por unanimidade pelo executivo e prevê que seja iniciada a preparação para a existência do museu digital.

O documento aponta, ainda, que seja desenvolvida, “de imediato, uma metodologia para a concepção e implementação deste museu virtual, que envolva os vários serviços municipais com competência para o efeito, a Direção Geral do Patrimônio Cultural, e as universidades de Lisboa”.

João Pedro Costa defendeu, na reunião de Câmara, que a revisão da Carta Municipal do Patrimônio Edificado e Paisagístico, que também foi aprovada hoje, é uma “excelente oportunidade” para a criação deste museu.

Na opinião do autarca social-democrata, esta iniciativa “apresenta um elevado potencial para o desenvolvimento da cidade” e “permite um “melhor conhecimento dos imóveis”, uma vez que possibilitará aceder a variada informação sobre cada um dos edifícios.

O responsável advogou que o museu irá contribuir “para a divulgação do patrimônio de Lisboa e da cultura olisiponense” e “reforçar a rede museológica de Lisboa”, constituindo “uma plataforma relevante articulada com o Museu da Cidade” e um “veículo central para a promoção do Turismo de Lisboa”.

João Pedro Costa defendeu que este museu deverá “ser acessível através de um sítio de internet e de uma nova aplicação facilmente inteligível”.

Na reunião, a Câmara de Lisboa aprovou, também, a constituição de um conselho científico com vista à revisão da Carta Municipal do Patrimônio Edificado e Paisagístico.

A proposta, que foi aprovada por unanimidade, refere que este documento “identifica os bens culturais imóveis de interesse predominantemente arquitetônico, histórico e paisagístico”, onde se incluem “os bens imóveis de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal, classificados ou em vias de classificação como tal, e ainda outros bens culturais imóveis que revestem especial interesse enquanto bens da estrutura patrimonial municipal”.

O documento aponta ser “necessário proceder a uma avaliação global do universo de bens atualmente inventariados, onde se incluem mais de 2.500 bens não classificados, aos quais se somam mais de 260 bens oficialmente classificados”.

Esta estrutura consultiva será efémera e composta por cinco elementos “de reconhecido mérito”.

Um dos anexos à proposta elenca que a calendarização dos trabalhos estima três meses para “definição de metodologia e critérios”, seguindo-se 18 meses para “avaliação sumária dos bens, em função das tipologias definidas”, além de uma terceira fase de “elaboração das fichas patrimoniais, em prazo a definir, em função da disponibilidade de meios”.

Na reunião, o vereador do Urbanismo anunciou que a Equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal “vai passar a ser uma estrutura permanente, para que possa, sem limitações de mandato, continuar o seu trabalho”.

Apontando que o trabalho desenvolvido até agora foi “muito bem conseguido”, Manuel Salgado (PS) elencou que os “novos desafios que se colocam são acessibilidades a edifícios públicos”, com especial ênfase para escolas e habitações.

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