Da Redação com Lusa
Lisboa tem 86 pontos oficiais de encontro para onde os cidadãos devem ir imediatamente em caso de catástrofes e uma plataforma ‘online’ com os passos preventivos que devem seguir para se proteger, anunciou hoje a câmara municipal.
Além dos pontos de encontro e da plataforma LXResist, os lisboetas podem receber SMS da proteção civil municipal, específicos para alertas na capital, para o que precisam de se inscrever através do envio do texto AVISOSLX para o número 927944000.
A apresentação decorreu hoje na Câmara Municipal de Lisboa, a dois dias do 269.º aniversário do grande terramoto, seguido de ‘tsunami’, de Lisboa, em 01 de novembro de 1755.
“Obviamente, a catástrofe, ela existirá sempre. Uma catástrofe é uma catástrofe e isso acontece em qualquer parte do mundo. Mas a cidade mostra aqui a preparação, em que as pessoas podem estar seguras nessa preparação, em termos sísmicos, em termos de preparação das equipas, em termos da nossa proteção civil”, disse o presidente da Câmara, Carlos Moedas (PSD).
Carlos Moedas explicou que a subscrição dos avisos por mensagens não colide com os avisos que já são emitidos pela Proteção Civil a nível nacional, já que permitem informações mais direcionados para quem mora ou trabalha em Lisboa.
“Por exemplo, neste tipo de aviso nós podemos imediatamente identificar e enviar as pessoas para esses pontos de encontro, ou seja, qual é o ponto de encontro mais perto de sua casa”, salientou.
Os 86 pontos de encontro oficiais, em conjunto, têm capacidade para acolher mais de 600 mil pessoas e foram estabelecidos tendo em conta todas as freguesias, depois de identificados numa análise de risco da Proteção Civil municipal.
Os pontos de encontro podem ser consultados no ‘link’ www.lisboa.pt/temas/seguranca-e-prevencao/protecao-civil/planeamento-de-emergencia/pontos-de-encontro.
É para o ponto seguro mais próximo da habitação ou do trabalho que todas as pessoas devem deslocar-se em caso de catástrofe quando ficar em casa ou dentro de um edifício não seja seguro, como um sismo, tsunami, cheias ou incêndio.
Será a partir deste ponto que devem “aguardar por ajuda dos agentes de proteção civil e entidades com dever de colaboração até que seja possível o seu encaminhamento para uma Zona de Concentração e Apoio à População”, explicou a diretora municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins.
Carlos Moedas destacou ainda que “está mais ou menos a meio” a obra para construir túneis de drenagem para evitar cheias em Lisboa.
A Plataforma LxReSist deverá estar operacional a partir de hoje e contém informações que os cidadãos podem consultar para se prepararem para uma eventual catástrofe.
A LxReSist ajudará a encontrar soluções para mitigar o impacto de um sismo consoante os tipos de edifícios comuns em Lisboa e ensinará como proteger a casa e o recheio (fixando os móveis na parede, por exemplo), como agir em caso de sismo, como fazer um plano de ‘fuga’ com a família e como preparar um ‘kit’ de emergência, que deve estar previamente feito.
Para que cada família esteja preparada para uma eventual catástrofe, a Proteção Civil municipal aconselha que todos os moradores ou trabalhadores na cidade conheçam os pontos de encontro perto de casa, trabalho e escola dos filhos; preparem um plano de emergência familiar, em que é estabelecido qual a responsabilidade de cada elemento do agregado em caso de uma ocorrência e o que fazer para salvar os animais de estimação, por exemplo; e tenham preparado um ‘kit’ de emergência para cada pessoa suficiente para 72 horas (três dias).
Este ‘kit’ deve ter água e alimentos secos ou em conserva, uma lanterna, um apito, rádio a pilhas e pilhas de reserva, uma manta térmica, artigos de higiene pessoal, medicamentos essenciais e um estojo de primeiros socorros, além de documentos.