Da Redação
Com Lusa
Lisboa está no 76.º lugar no novo ‘ranking’ de ‘Smart Cities’, apresentado em Lausanne, na Suíça, que mede a forma como os cidadãos encaram o impacto no seu quotidiano das políticas para tornar a sua cidade ‘inteligente’.
Nos primeiros 10 lugares desta lista estão Singapura, Zurique, Oslo, Genebra, Copenhaga, Auckland, Taipé, Helsínquia, Bilbau e Dusseldorf. Lisboa ocupa a 76ª posição, entre Banguecoque e Roma.
O indicador ‘Smart City Index’, que foi apresentado pela primeira vez, considera a importância das necessidades dos cidadãos na concepção de políticas públicas em 102 cidades mundiais e foi elaborado pelo Observatório de Cidades Inteligentes do Centro Mundial de Competitividade do IMD, localizado na Suíça, em parceria com a Universidade de Tecnologia e Design de Singapura (SUTD).
O índice procura cruzar informação sobre aspetos econômicos e tecnológicos com uma “dimensão humana” e foi elaborado com base num inquérito que avaliou a percepção dos cidadãos face ao seu meio urbano e aos serviços prestados e se as tecnologias inteligentes implementadas melhoraram as vidas dos habitantes, em áreas como o ambiente, a segurança, o acesso à educação e a serviços de saúde, a mobilidade e os transportes públicos, a interação social e a participação cívica.
“Os inquiridos revelaram preocupação em relação a tópicos como a habitação acessível (79,5%), o trânsito (60,7%), a corrupção (49,2%), os transportes públicos (45,9%), a poluição do ar (41%) e o desemprego (39,3%), entre outros”, revelou o IMD, uma das principais escolas de negócios do mundo, numa nota de imprensa.
Embora “as três cidades no topo da lista tenham uma pontuação alta no campo das estruturas (relacionadas com os serviços que são disponibilizados aos cidadãos)”, o IMD destacou que não há uma fórmula única para as cidades inteligentes.
“Singapura, por exemplo, destaca-se nas categorias relacionadas com segurança, qualidade do ar e trânsito, enquanto Zurique sobressai nas áreas dos transportes públicos e também no acesso a assistência médica e a serviços culturais. Os cidadãos de Oslo elogiam a qualidade das soluções de economia circular, o sistema de voto ‘online’ e a mobilidade centrada em bicicletas”, destacou.
Os resultados revelam que “o modelo de cidade inteligente está em franca expansão, e estas ‘smart cities’ são terreno fértil para novas experiências em áreas críticas como o planeamento urbano, a sustentabilidade energética, a mobilidade, a integração social e a atração de recursos humanos”, acrescentou, realçando que os “obstáculos que condicionam o crescimento de cidades inteligentes incluem a falta de alinhamento entre as prioridades das autoridades locais e as necessidades dos cidadãos”.
Nas conclusões, é ainda realçado que muitas tecnologias permanecem ignoradas pelas populações que devem servir e há serviços que teoricamente estão disponíveis para os cidadãos, “mas são demasiado complicados ou insuficientemente publicitados para serem adotados por uma porção significativa de utilizadores”.