Liga dos Chineses em Portugal diz que relações “estão melhores que nunca”

Da Redação
Com Lusa

O presidente da Liga dos Chineses em Portugal considerou que as relações culturais e econômicos entre os dois países estão “melhores que nunca”, apontando “muitas oportunidades para serem desenvolvidas”.

Y Ping Chow transmitiu esta ideia à margem da conferência sobre os 40 anos de amizade Portugal-China, que se realizou na Póvoa de Varzim, numa iniciativa organizada pela Liga do Chineses em Portugal e o Instituto para Cooperação e Desenvolvimento Portugal Oriente.

“Neste momento, a relação entre Portugal e China está melhor que nunca e num primeiro patamar em relação a outros países europeus. A China olha com muita admiração para Portugal, que foi um dos primeiros países a assinar o protocolo ‘Uma Faixa, Uma Rota’ [Nova rota da Seda]”, disse à agência Lusa Y Ping Chow.

O presidente da Liga dos Chineses em Portugal garantiu que “há muitas oportunidades para se desenvolver no trabalho empresarial”, lembrando, ainda assim, que “é preciso procurar as pessoas certas, nomeadamente nas associações, para se desenvolver negócios”.

“Nestas conferências que promovemos, não sugerirmos políticas. Apenas transmitimos o conhecimento do passado e algumas indicações para o futuro, desmitificando alguns receios, nomeadamente das empresas portuguesas”, vincou Y Ping Chow.

A ajudar a dissipar esses receios, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa tem potenciado entendimentos, considerando que “as exportações de Portugal para China têm, ainda, um enorme potencial de crescimento”.

“A classe média chinesa está a procurar, cada vez mais, produtos de consumo. Se representar, no mínimo, 10% da população do país, estamos a falar em 140 milhões de pessoas, que, por si só, é o dobro da população da Alemanha”, sublinhou João Marques da Cruz, presidente do organismo.

O líder da entidade lembrou que as rochas ornamentais e também os automóveis, por intermédio de empresas multinacionais, têm liderado as exportações nacionais para a China, mas particularizou alguns dos produtos portugueses que podem ter uma grande aceitação no gigante asiático.

“Essa classe média chinesa tem, cada vez mais, poder compra, procurando marcas, quer sejam de moda em vestuário ou calçado, ou em produtos alimentares ‘gourmet’, de vinho e azeite. São áreas com um grande espaço no mercado chinês”, analisou João Marques da Cruz.

Em sentido inverso, o dirigente nota um grande interesse dos chineses no setor energético, nomeadamente nas energias renovadas, mas, também, numa outra área em crescimento em Portugal.

“Na China estão muito atentos à questão do turismo em Portugal e para já, não temos uma cadeia de hotéis chineses a operar no nosso país… Seria importante restabelecer uma ligação aérea direta entre Pequim e Portugal”, analisou o responsável Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa.

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