Da Redação
Na última última semana, lideranças femininas no setor de energia do Brasil e de Portugal debateram desafios e soluções para a “Transição Energética Justa”. Sob moderação da diretora Agência de Energia – ADENE – portuguesa, Marina Alves, Thaynara Leal, consultora sênior em Transição Energética, Inês Gaspar, gestora de Produto na Aurora Energy Research, e Ariana Martins, innovation developer na CapWatt, apresentaram reflexões relevantes para o futuro da geração e consumo de energia com menor impacto ambiental e social.
As executivas participaram de um painel exclusivamente feminino na Coniben (Conferência Ibero-Brasileira de Energia) e trouxeram uma visão ampla sobre as dificuldades enfrentadas tanto em Portugal quanto no Brasil para garantir energia limpa a todos e com equidade. Também discutiram soluções para promover a transição energética de forma inclusiva e sustentável.
Reflexões Inspiradoras
Entre as propostas apresentadas estão a criação de políticas públicas que assegurem a manutenção dos empregos com a mudança da geração convencional para a energia renovável. As especialistas também defendem que é preciso estender às comunidades mais vulneráveis e sem acesso às linhas de transmissão, alternativas para geração de energia limpa.
Para Ariana Martins, a burocracia é uma das barreiras que atrasam a transição energética justa, especialmente em Portugal, seu país de origem. “A transição energética é urgente, mas precisar ser consciente. Outra forma assertiva de acelerar o processo é formar mão de obra qualificada”, apontou.
Já a brasileira Thaynara Leal mencionou a região Norte do Brasil como exemplo de localidade que precisa de um olhar mais atento quando se fala em “energia para todos”. “Mais de 1 milhão de pessoas ainda não têm acesso à energia na Amazônia. Não podemos falar de transição energética sem proporcionar energia para todos”, pontuou.
A Coniben 2024 foi realizada nos dias 14 e 15 de novembro em Lisboa, reunindo os principais decisores do setor de energia nos âmbitos público e privado brasileiros, portugueses e espanhóis. O evento reafirmou sua relevância no setor energético, reforçando a importância do diálogo entre nações ibero-brasileiras na busca por soluções conjuntas para o futuro do planeta.
Entre os diversos temas que permearam o encontro, o Painel “Transição Energética Justa” destacou-se pela abordagem inclusiva e por trazer perspectivas jovens e inovadoras sobre um dos maiores desafios globais da atualidade. O painel, idealizado pela Fictor Energia, teve como propósito promover representatividade e diversidade ao explorar o conceito de transição justa.