Líder do PSD defende que imigrantes devem levar famílias para Portugal

Cristo Rei. Foto Rui Carvalho

Mundo Lusíada com Lusa

O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu no domingo que Portugal precisa de “atrair mão de obra qualificada” o mais brevemente possível e considerou que os cidadãos estrangeiros devem trazer as suas famílias.

Discursando no encerramento do XV Nacional dos Trabalhadores Social-Democratas, em Lisboa, o líder do PSD afirmou que, para o país ter “uma economia competitiva, uma administração pública eficaz e sustentabilidade nos principais sistemas públicos”, precisa de “atrair mão de obra qualificada e de atrair pessoas que venham o mais cedo possível”.

“Eu já tinha a convicção de que uma das formas mais eficazes de podermos cumprir este desidrato era atrair jovens estudantes para as nossas instituições de ensino superior, hoje tenho a convicção de que devemos juntar a isso a atração de mão de obra e das respetivas famílias”, defendeu.

“Quanto mais cedo um cidadão estrangeiro, que pode ser uma criança, chegar a Portugal e se possa integrar nas nossas estruturas, mais fácil será contarmos com essas pessoas no futuro para cobrirmos aquilo que é indesmentível que é uma lacuna de população que vamos ter nas próximas décadas em Portugal”, sustentou.

Luís Montenegro reiterou que “Portugal precisa de um programa de atração, de acolhimento e de integração de imigrantes” para ajudar a contrariar a perda de população nos próximos anos, salientando que não se lembrou “deste tema agora” e que já fala “dele pelos menos há cinco anos”.

“É preciso, sem tibiezas, sem complexos, com a abertura de um povo solidário que sempre fomos, de uma visão universalista que sempre tivemos na nossa gênese identitária como nação, é preciso olhar para os que nos podem vir ajudar do estrangeiro, para os imigrantes que nós devemos acolher, devemos até atrair e devemos integrar”, afirmou o líder social-democrata.

Luís Montenegro considerou igualmente que “é preciso implementar políticas que removam obstáculos à natalidade desejada, é preciso apostar em políticas que conciliem a vida profissional com a vida familiar, é preciso valorizar os salários”, além de “valorizar cada vez mais o papel das mulheres” e “evitar discriminações que estão hoje anacrónicas face à evolução da sociedade”.

“Só assim vamos ter um mundo laboral que possa refletir as ambições e as expectativas de quem empresta a sua capacidade de trabalho para ter o retorno dessa capacidade”, defendeu o presidente do PSD.

Na quinta-feira, na Guarda, Montenegro considerou que o país deve receber imigrantes “de forma regulada” e “procurar pelo mundo” as comunidades que possam interagir melhor com os portugueses.

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