Da Redação
Com Lusa
Seis funcionários e três utentes do Centro Bem Estar de Queluz, no concelho de Sintra, testaram positivo à covid-19, mantendo-se o lar a funcionar, mas com visitas suspensas, segundo a diretora da instituição.
Os cerca de 50 funcionários deste lar e dois utentes foram testados na sexta-feira, depois de uma utente ter sido internada com covid-19, segundo explicou à Lusa Fernanda Braz.
Na sequência deste teste, acusaram positivo à covid-19 seis funcionários, que se encontram em casa, e os dois utentes testados, que estão em isolamento.
“Amanhã (terça-feira) iremos testar os restantes utentes. Até lá ficarão suspensas todas as visitas e contatos”, apontou.
Os resultados destes testes deverão ser conhecidos na tarde de quarta-feira.
Fernanda Braz explicou que os utentes não foram logo todos testados por determinação das autoridades de saúde.
“Apenas entenderam testar a senhora que partilhava quarto com a utente internada e um outro utente que estava febril”, justificou.
O Centro Bem Estar de Queluz, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa, tem atualmente 64 utentes na valência de lar.
Portugal registra nesta segunda-feira 1.330 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que no domingo, e 30.788 infetados, mais 165, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
No domingo, um lar de idosos foi evacuado na freguesia de Carvalhal, concelho de Abrantes, após a confirmação de um total de 15 casos de infecção pela covid-19, entre utentes, funcionários e proprietários.
Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, “foram transportadas sete idosas utentes daquele espaço pelos bombeiros de Abrantes” para uma enfermaria criada na unidade hospitalar da cidade para dar resposta a este tipo de situações e acolher pessoas idosas que acusem positivo e sejam provenientes de lares.
A operação “começou às 14:57 e envolveu quatro viaturas e seis operacionais”, isto depois do transporte de duas pessoas no dia de sábado, também para o hospital de Abrantes.
A delegada de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, Maria dos Anjos Esperança, disse à Lusa que esta situação “deriva da socialização e de uma quebra das boas práticas”, realizadas num “lar sem licenciamento”.
Das várias pessoas que vivem na mesma habitação, acrescentou, entre “filho, pais, avós e outras pessoas”, estão todos positivos, aguardando-se pelo resultado de um teste a um funcionário.
Os primeiros dois casos positivos neste espaço foram conhecidos nas ultimas 48 horas, tendo sido revelados no dia 24 os resultados de mais 13 testes, todos positivos ao novo coronavírus.
O lar foi evacuado este domingo e os idosos transferidos para isolamento e quarentena no hospital de Abrantes.
O filho dos proprietários do espaço de acolhimento, um homem de 40 anos, foi também transferido para a unidade hospitalar, ao passo que os funcionários foram para as suas habitações.
“Na casa ficou apenas o casal proprietário”, disse a delegada de Saúde, tendo feito notar que “os casos positivos estão todos assintomáticos”.
O número de casos de infecção em Abrantes, nas últimas 48 horas, fez aumentar de 23 para 36 as pessoas a testarem positivo ao novo coronavírus, no concelho, situação “preocupante” para o presidente do município.
“Estas situações não escolhem os sítios, os momentos nem os lugares e o que é verdade é que acabamos por ter um foco de casos positivos, numa residência de acolhimento que nos deixa extremamente preocupados”, disse Manuel Jorge Valamatos (PS).
“Os proprietários ficarão em quarentena, por se encontrarem assintomáticos”, e “os funcionários em isolamento domiciliário”, a cumprir as regras restritas determinadas pelas autoridades competentes, acrescentou.
A Câmara Municipal de Abrantes, disse, “está a acompanhar a situação no terreno e em diálogo permanente com as autoridades, disponibilizando-se para ajudar em tudo o que seja necessário”, tendo apelado a que as pessoas vejam esta situação como um alerta e mantenham as regras emanadas pelas autoridades de saúde.
“Apesar dos 36 casos registrados e dos 17 curados no concelho de Abrantes, não podemos baixar os braços e há que respeitar todas as indicações, seja em organizações ou a nível pessoal, de utilização de máscara, distâncias de segurança e, as demais referidas pela DGS [Direção Geral da Saúde] e restantes autoridades, para evitarmos que os números aumentem na nossa região”, notou.