Da redação com Lusa
Neste domingo, o português José Mourinho celebrou o milésimo jogo da sua carreira como treinador principal de futebol com o 638.º triunfo, ao comando da Roma, na recepção ao Sassuolo (2-1), para a terceira jornada da Serie A.
O suplente Stephan El Shaawary, aos 90+1 minutos, selou o triunfo da Roma, depois de dois golos de ex-jogadores do Benfica – primeiro clube de Mourinho: Bryan Cristante para os locais, aos 37, e Filip Djuricic para os visitantes, aos 57.
A Roma, que não conquista um troféu desde a vitória na Taça de Itália de 2007/08, somou o quinto triunfo em cinco jogos disputados em 2021/22, três no campeonato e dois na Liga Conferência Europa.
“90.000 minutos, mais descontos e prolongamentos… É muita coisa!”, disse à Lusa Mourinho, dias antes do jogo, admitindo que nunca pensou “chegar aos 1.000 jogos” e que nada muda com este marco, pois o que é preciso é “ganhar o próximo jogo”.
José Mário Santos Mourinho Félix, de 58 anos, celebrou este número redondo com triunfo, numa época em que pretende regressar aos títulos, que já não conquista desde 24 de maio de 2017, dia em que arrebatou a Liga Europa, pelo Manchester United, face ao Ajax (2-0).
Na carreira de técnico principal, iniciada no Benfica, com um desaire por 1-0 com o Boavista, no Bessa, em 23 de setembro de 2000, ‘Mou’ soma, além de uma grande maioria de 638 triunfos, correspondentes a 63,8%, 205 empates e 157 derrotas.
Nestes 1.000 encontros, as suas equipas marcaram 1.964 golos e sofreram 854, o que lhe dá um balanço favorável de mais de mil, mais precisamente 1.110.
A Roma é a nona equipa que Mourinho treina, após Benfica (11 jogos), União de Leiria (20), FC Porto (127), Chelsea (185 na primeira passagem e 136 na segunda, para um total de 321), Inter Milão (108), Real Madrid (178), Manchester United (144) e Tottenham (86).
Muitos jogos e, a cada 40, um título, num total de 25, incluindo duas edições da Liga dos Campeões, pelos ‘dragões’ (2003/04) e pelo Internazionale (2009/10), uma Taça UEFA, também pelos portistas (2002/03) e uma Liga Europa, nos ‘red devils’ (2016/17).
“De um modo muito simples e pragmático, os mais marcantes foram aqueles que deram títulos, as finais, as duas finais da ‘Champions’ e as duas finais da UEFA. Se tivesse de escolher, seriam estes”, afirmou à Lusa José Mourinho.
A primeira grande vitória aconteceu em 21 de maio de 2003, ao seu jogo 100, conquistando a Taça UEFA com um 3-2, após prolongamento, ao Celtic, e a segunda na época seguinte, ao 158.º, em 26 de maio de 2004, selando a ‘Champions’ com um 3-0 ao Mônaco.
Após dois títulos pelo FC Porto, voltou a ser campeão da Europa em 22 de maio de 2010, ao jogo 451, com um 2-0 ao Bayern Munique, já no Inter, com o quarto troféu a acontecer ao 829.º encontro, com um 2-0 ao Ajax, na final da Liga Europa, pelos ‘red devils’.
Em todos os países por onde passou, foi campeão, somando oito cetros, três em Inglaterra, dois em Portugal e Itália e um em Espanha, e venceu também todos os outros troféus, somando 13 entre taças, supertaças e taças da liga.
Divididos por clubes, José Mourinho somou seis no FC Porto (2001/04), seis na primeira passagem pelo Chelsea (2004/08), cinco no Inter (2008/10), três no Real Madrid (2010/13), dois na segunda aventura nos ‘blues’ (2013/16) e três no Manchester United (2016/19).