José Cesário presta homenagem às vítimas portuguesas em Paris

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Mundo Lusíada
Com Lusa

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, prestou em 16 de novembro homenagem, em Paris, às vítimas dos atentados de sexta-feira, em particular aos cidadãos portugueses, depositando um ramo de flores junto ao Le Bataclan.

Acompanhado pelo embaixador português em Paris, José Filipe Moraes Cabral, e pelo cônsul-geral, Paulo Neves Pocinho, o governante depositou um ramo de flores junto à sala de espetáculos, um dos três locais dos ataques terroristas, onde morreram 89 pessoas.

“Prestei uma pequena homenagem aos mortos, a todos, e particularmente aos portugueses”, disse à Lusa José Cesário.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.

Na sua deslocação a Paris, o secretário de Estado das Comunidades também esteve com os funcionários do consulado-geral, a quem pretende “agradecer o esforço” ao longo do fim de semana.

Segundo o governante, “dezenas de pessoas” contataram o consulado-geral, em Paris, e o gabinete de emergência consular, em Lisboa, “a pedir informações”, maioritariamente a relatar desconhecer o paradeiro de familiares.

Cesário também esteve com representantes da comunidade portuguesa, a quem pretende exprimir a sua solidariedade e também “de muitos portugueses” espalhados pelo mundo que lhe pediram que transmitisse uma palavra de solidariedade aos cidadãos nacionais que residem em França.

Cesário adiantou à Lusa que está confirmada a morte de dois portugueses, um homem, de 63 anos, vítima do atentado ocorrido junto ao Estádio de França, e uma mulher, luso-descendente, nascida em França em 1980, que estava na sala de concertos Bataclan. O secretário de Estado das Comunidades disse ainda que não tem informação de que haja portugueses internados, nem desaparecidos.

Em Portugal, o presidente português defendeu uma “resposta rápida” ao terrorismo, considerando que a Europa “não pode continuar de braços caídos” depois de crimes tão “hediondos” como o que aconteceu em Paris.

“A Europa depois do que aconteceu em Paris e do que já tinha acontecido anteriormente também em Paris, (…) do que aconteceu na Tunísia, do que aconteceu no Líbano, não pode continuar de braços caídos, é preciso encontrar uma resposta e uma resposta tão rápida quanto possível”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas à chegada ao Funchal, na Madeira.

Reiterando a solidariedade de Portugal para com o povo francês e a condenação “muito veemente” da tragédia que aconteceu em Paris, Cavaco Silva disse ser difícil encontrar palavras suficientemente fortes para condenar “crimes tão hediondos”.

Contudo, acrescentou, importa que “todos estejam bem conscientes que não foi apenas um ataque à França, foi um ataque a toda a Europa, foi um ataque ao mundo ocidental”.

“Se a Europa quer continuar a ser um continente de liberdade, de democracia, um espaço de paz e tolerância, se quer preservar o sue modo de vida, então os europeus têm de organizar-se para dar uma resposta firme, determinada, sem contemplações aos terrorismo”, disse.

O porta-voz do PSD condenou os “bárbaros e cobardes ataques” de sexta-feira em Paris, manifestou solidariedade para com as famílias das vítimas e o povo francês e expressou orgulho nos portugueses residentes em França.

Marco António Costa quis deixar “uma palavra de orgulho pela comunidade portuguesa em França” que, considerou, “teve atitudes que são hoje reconhecidamente apontadas pela imprensa francesa como de coragem, de abnegação e de solidariedade num momento de grande tensão”.

Em seguida, apelou à comunicação social portuguesa para que destaque o seu comportamento: “Julgo que vale a pena sublinhar, e apelo à imprensa também que continue a sublinhar. Essa é uma imagem de marca que os portugueses têm em França e que têm deixado um pouco por todo o mundo, como um povo generoso, disponível e corajoso”.

O vice-presidente e porta-voz do PSD defendeu que é importante haver “uma cooperação mais estreita e mais eficaz em matéria de combate ao terrorismo por parte das autoridades europeias”.

Marco António Costa referiu ainda que o PSD pôde acompanhar a situação em Paris e fazer “chegar proximamente” a sua solidariedade através do deputado Carlos Gonçalves, eleito pelo círculo da Europa.

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