José Cesário diz que Espaço Cidadão de São Paulo “é uma fraude”

Mundo Lusíada
Segundo o deputado José Cesário, a reunião do CCP em São Paulo trouxe temas importantes. O encontro regional aconteceu no último dia 12 de março na Casa de Portugal da capital paulista.
“Há coisas que não estão a correr bem em muitos consulados, e foram ditas aqui por conselheiros. Há mudanças feitas que não são positivas, por exemplo, o Espaço Cidadão de São Paulo, foi aberto há 3 anos com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros é uma fraude, não serve para nada. Não tem utentes, está fechada, e administração de um ato inútil. Há outras coisas que tem tido resultados, como as Permanências Consulares, permitindo que portugueses que estão há 200, 300 ou 500km de São Paulo, passassem a ter um serviço lá, [em suas regiões] em determinado momento do ano”.
Com relação a terceirização de um serviço para atendimento ao Consulado de Portugal em São Paulo, tem recebido muitas críticas, o deputado diz que a capital sempre teve serviços terceirizados.
“Desde 2000/01, a terceirização do call center ainda era cônsul Fezas Vital, desde essa altura os serviços eram terceirizados, e podem ser bons quando complementam os serviços normais do Consulado, ou podem ser maus quando não servem para complementar o serviço consular. O serviço que aqui foi terceirizado foi o serviço de vistos, através de uma empresa chamada VSF que trabalha a escala global. Em muitos lugares faz um serviço bom, aqui tanto quanto eu tenho percebido, tem tido problemas” defendeu em entrevista ao Mundo Lusíada.
“Não sei se tem a ver com a organização da própria empresa, com articulação com os serviços do Consulado, e o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) em Lisboa, porque essa questão não depende só daqui, há vários serviços que interveem no processo da autorização de vistos. Agora, que as coisas não tem corrido bem, não tem. Os vistos por vezes se atrasam muito, e que as pessoas as vezes são obrigadas a pagar mais do que devem, provavelmente é verdade”, concluiu.
Durante o evento em São Paulo, o deputado também criticou o “modelo de negócio” que se criou em torno dos processos de nacionalidade portuguesa “mundo a fora”. “Um negócio que movimenta milhões por parte de escritórios de advogados”.

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