Investimento de 3 milhões cria centro de apoio tecnológico à indústria no Alto Minho

Da Redação
Com Lusa

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vai investir três milhões de euros num Centro de Apoio Tecnológico à Indústria do Alto Minho (CATIAM) a instalar na In.Cubo – Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras, em Arcos de Valdevez.

Em declarações nesta segunda-feira à agência Lusa, o ainda presidente do IPVC, Rui Teixeira, explicou que a nova estrutura, comparticipada por fundos comunitários, vai ser dotada de um laboratório de novas tecnologias, no âmbito da alta maquinação, da impressão 3D e da robótica.

O novo centro “deverá entrar em funcionamento no início de 2020”, na In.Cubo, em Arcos de Valdevez, acrescentou.

Criada em 2007, aquela incubadora de iniciativas empresariais é participada pela Câmara de Arcos de Valdevez, pelo IPVC e pela Associação para o Centro de Incubação de Base Tecnológica do Minho (ACIBTM).

O protocolo de criação do Centro Apoio Tecnológico à Indústria do Alto Minho, vai ser assinado na terça-feira, pelas 14h30, entre a Câmara de Arcos de Valdevez e o IPVC.

Segundo Rui Teixeira, o CATIAM tem como objetivos “ajudar na formação e na profissionalização dos recursos humanos, na Inovação, Desenvolvimento e Investigação (ID&I), e na prestação de serviços altamente especializados”.

Rui Teixeira explicou que o novo centro “será dotado de uma equipa de especialistas que realizarão trabalho científico, o que acontecerá pela primeira vez no distrito”.

“Esses investigadores, integrados na política Inovação, Desenvolvimento e Investigação (ID&I) do IPVC, irão fazer um trabalho científico de apoio à indústria do Alto Minho que, nesta altura, não existe na região”, disse.

Como exemplos apontou o “levantamento das tecnologias instaladas nas empresas existentes no Alto Minho e as necessidades de profissionais e de profissionalização de recursos, bem como de projetos de investigação”.

O CATIAM vai permitir “a formação de recursos humanos no âmbito dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTESP), licenciaturas, formação avançada ou pós-graduações, de duração e áreas diferentes, conforme às necessidades das indústrias instaladas no distrito de Viana do Castelo”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves disse que a criação daquela estrutura representa um “valor acrescentado para o concelho, e para a região do Alto Minho”.

“O CATIAM vai apoiar as indústrias do Alto Minho quer em termos de investigação, de inovação, de formação e qualificação. Um apoio que só os meios do IPVC podem colocar ao serviço da região”, sustentou o autarca social-democrata.

João Manuel Esteves acrescentou que a criação da nova estrutura representa “a verdadeira aproximação do mundo científico ao mundo empresarial, constituindo-se como um elemento diferenciador, de incentivo à instalação de novas empresas”.

Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.

Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).

Na próxima quarta-feira, Rui Teixeira irá entregar a liderança do IPVC ao novo presidente da instituição, Carlos Rodrigues.

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