Intercâmbios virtuais podem integrar países de língua portuguesa – CAPES

Foto LusNIC

Da Redação

A educação a distância pode ser uma aliada na integração dos países de língua portuguesa, por meio do intercâmbio virtual de estudantes. A CAPES apresentou, no último dia 30, uma proposta de Programa nessa linha – voltada para a graduação e executada por meio do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

A apresentação aconteceu na mesa de abertura do 5º Encontro da Associação de Educação a Distância dos Países de Língua Portuguesa (EADPLP), na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, Moçambique.

Com o aceite dos países, a edição inaugural deve ocorrer já no primeiro semestre de 2024. A Fundação firmou parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), do Paraná, para uma versão inicial.

Quanto à continuidade do projeto, na segunda metade do próximo ano, a Agência está em tratativas tanto com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), quanto com a Associação Universidade em Rede (UniRede).

Suzana Gomes, diretora de Educação a Distância da CAPES, explicou que o Programa funcionará em via de mão dupla. “A ideia é ofertarmos, de forma virtual, disciplinas já disponíveis no Brasil aos outros países que fazem parte da Associação e levarmos disciplinas ofertadas em outros países para o Brasil”, afirmou. “Em outras palavras, a ideia é promover o intercâmbio de estudantes de graduação das instituições de ensino superior dos países parceiros”.

A diretora da Fundação observa que a educação a distância é fundamental para um país como Brasil, que tem proporções continentais, registra uma grande desigualdade socioeconômica entre suas regiões e tem vários pontos que o ensino superior presencial não alcança.

“A CAPES, via UAB, permite o acesso ao ensino superior de jovens adultos, situados na periferia, no meio rural, nos grandes centros, e que estão impedidos, por suas condições de vida e trabalho, de frequentar um curso presencialmente”, diz Suzana Gomes. “Isso vale também para os países africanos”, completou.

Para o anfitrião do encontro, Manuel Guilherme Júnior, reitor da UEM, a construção de redes é um caminho a ser seguido na educação a distância. “Acreditamos que esse tipo de movimento associativo deve ser seguido”, disse o educador, que classificou a EAD como um caminho sem volta. “Precisamos, desde os mais velhos até os mais jovens e os que ainda virão, nos adaptar à nova forma de estar e de ser do ensino”, declarou.

A universidade fez uma transmissão ao vivo do evento, confira aqui >>

Sobre a EADPLP
A Associação de Educação a Distância dos Países de Língua Portuguesa (EADPLP) foi criada em 2018, sendo a CAPES uma das instituições fundadoras. O grupo é formado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Os encontros acontecem anualmente, desde 2019, segundo informações da CAPES.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), do governo brasileiro.

 

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