Integração de portugueses nos países de acolhimento é um bom ‘caso de estudo’

Da Redação
Com Lusa

Sessão Solene “10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e da Comunidade Portuguesa” na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - 11 de Junho de 2012O ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva disse em 28 de dezembro que a integração dos portugueses em países estrangeiros, nomeadamente na Europa, é um bom caso de estudo.

“A integração das comunidades portuguesas nas respetivas sociedades de acolhimento, quer na Europa, quer nas Américas e em África, mas sobretudo na Europa, é um caso exemplar que deveria ser estudado, num momento em que nós nos confrontamos tanto com problemas de integração e de relacionamento entre nacionais e estrangeiros por essa Europa fora”, disse Augusto Santos Silva.

Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, à margem do 5º fórum anual dos Graduados Portugueses no Estrangeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros frisou que os portugueses mostram, em países como França, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido ou Alemanha, “que se integram bem nas sociedades que os acolhem”.

“Como não colocam nenhum problema à ordem constituída dessas sociedades, como contribuem para a economia dessas sociedades, sem ao mesmo tempo perderem nenhuma das ligações profundas que têm com Portugal. E, portanto, é um bom caso de estudo”, afirmou o governante.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, na mesma reunião, que os cientistas e investigadores portugueses no estrangeiro são embaixadores “particularmente qualificados” de Portugal no mundo e Augusto Santos Silva estendeu essa ‘função’ de embaixador aos emigrantes portugueses e lusodescendentes.

“Os 2,3 milhões de portugueses nascidos em Portugal que vivem hoje no estrangeiro são também todos eles embaixadores e bons embaixadores de Portugal, no sentido em que mostram com todo o seu trabalho, o seu esforço, o seu empenhamento, as melhores qualidades que os portugueses têm e os cinco milhões portugueses e lusodescendentes que vivem no estrangeiro também o fazem”, sustentou.

“Nós temos muita gente lá fora que engrandece o nome de Portugal pela maneira empenhada como trabalha e como se integra nas sociedades de acolhimento”, reforçou Santos Silva.

Também o chefe de Estado adiantou que ser embaixador é “funcionar nos dois sentidos”: por um lado trazer para Portugal “o que há de melhor, o que há de ponta” nos países onde os cientistas nacionais desenvolvem a sua atividade e, por outro lado, levar para esses países, sociedades e meios científicos “o que Portugal é hoje e o que Portugal quer ser no futuro”.

“Não apenas a imagem do passado, que é importante, historicamente e culturalmente, até porque somos muito do que fomos. Mas sobretudo o que somos hoje e o que queremos ser amanhã”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Isso é uma ação persistente, constante. Não vale a pena acreditar que são os embaixadores, os cônsules, os representantes da AICEP [Agência Portuguesa de Investimento e Comércio Exterior] que têm essa função essencial, não”, alegou o PR, frisando que no funcionamento em rede que é o dos cientistas e investigadores “muito mais rápido que o funcionamento diplomático clássico, mesmo quando é muito eficiente, a intervenção é mais célere e pode ser mais eficaz”, sustentou Marcelo Rebelo.

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