Mundo Lusíada com Lusa
Foi inaugurado nesse dia 28 o Instituto Pernambuco – Porto, para ser o “ponto de partida” no estreitamento das relações entre Portugal e o Brasil, através da implementação de um programa regular de atividades acadêmicas, culturais, empresariais e científicas.
“Este é um lar de dois povos que falam a mesma língua”, salientou o vídeo de apresentação do edifício sede do Instituto Pernambuco – Porto, cuja inauguração contou com a participação do governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.
Durante a sua intervenção, o governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, salientou que o instituto, construído em terrenos da Universidade do Porto, vai permitir “evoluir” o “interesse” pelas duas culturas – portuguesa e brasileira – e estreitar as relações dos dois países.
“Não somos, nem seremos hermeticamente iguais, mas é essa assimetria que nos une”, observou Paulo Câmara, acrescentando que a inauguração do espaço representa “um simbólico encontro que reafirma as conquistas do passado” dos dois países.
“Este encontro é também um compromisso de trabalho e a concretização de um sonho”, salientou.
Perante uma plateia de reitores, antigos presidentes de câmara e outros colegas autarcas, Rui Moreira destacou ainda várias semelhanças entre os pernambucanos e portuenses, como “o espírito independente e muito orgulhoso”.
O Instituto Pernambuco – Porto vai, através de uma colaboração com a Universidade do Porto, implementar um programa “regular” de atividades acadêmicas, culturais, empresariais e científicas, assumindo-se como a “nova casa da cultura brasileira no Porto”.
Em declarações à Lusa, à margem da inauguração do instituto, o reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, afirmou que o mesmo vai “promover as relações entre Portugal e o Brasil de forma particular e de Portugal com os Países de expressão portuguesa de forma mais genérica”.
“Constituindo-se como um palco privilegiado para a divulgação da cultura brasileira em Portugal e também para fomentar as relações do ponto de vista econômico”, salientou.
O reitor adiantou ainda que o instituto está dotado de quatro apartamentos “destinados preferencialmente a alojar investigadores, professores e brasileiros que venham a Portugal”.
“Nesse aspecto irá também ajudar e servir de resposta a essa necessidade”, acrescentou, lembrando que é “sempre uma boa aposta” estreitar relações entre o Brasil e Portugal.
Sonho antigo
O IP-P abriu as portas de uma casa nova a um sonho antigo e relações imemoriais. O edifício, na Rua das Estrelas, é, desde esta quinta-feira, uma realidade que vai se materializar em diferentes atividades e de “espírito independente e muito orgulhoso”.
Foi assim que Rui Moreira salientou as similaridades entre o Porto e o Estado de Pernambuco, durante a inauguração do espaço. “Hoje celebramos aqui cultura, conhecimento, partilha, generosidade e muita amizade”, reconheceu o presidente da Câmara do Porto, perante uma plateia de corresponsáveis pela concretização do sonho de longos anos de Artur da Silva Valente e Zeferino Ferreira da Costa.
Ao presidente do IP-P, o presidente da Câmara dirigiu um agradecimento, “em nome da cidade do Porto, porque sei que aqui nos vai deixar, para sempre, o seu coração”, em alusão à partida do coração de D. Pedro IV que, a 21 de agosto, parte para o Brasil a propósito das celebrações dos 200 anos da independência do país.
“O orgulho pernambucano é igual ao Porto. Tal como os portuenses, os pernambucanos têm uma grande e inabalável autoestima. Tal como connosco, ninguém os bate, pois tal como o Porto, Pernambuco teve e continuará a ter um papel fundamental na construção do Brasil”, sublinhou Rui Moreira.
Também o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, deixou a mensagem de “esperança de que a amizade, o intercâmbio e a solidariedade entre as pessoas não fique apenas nos textos frios dos tratados, mas que se traduzam em ações e benefícios concretos para todos”, o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, que acredita que o novo edifício do IP-P “vai assumir-se como um centro nevrálgico do intercâmbio luso-brasileiro no nosso país”, e ainda o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Moacyr de Araújo Filho, e a reitora da Universidade de Pernambuco, Maria do Socorro Cavalcanti.