Da Redação com Lusa
Um inquérito dirigido aos portugueses no estrangeiro vai revelar as suas posições sobre temas como o aumento de deputados eleitos pela emigração ou o voto eletrônico, estando prevista a divulgação das conclusões em junho, mês do Dia de Portugal.
Trata-se de um inquérito promovido pela SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, inserido no âmbito das atividades desenvolvidas pelo Observatório das Comunidades Portuguesas da organização.
Segundo a coordenadora do inquérito, Christine de Oliveira, este irá permitir “trazer um saber mais científico e menos empírico a questões que se colocam há vários anos”.
O inquérito assume uma relevância maior após o anterior ato eleitoral, as legislativas de 30 de janeiro, que foram repetidas no círculo da Europa, após irregularidades com os boletins de voto.
O questionário incluirá perguntas como se a Assembleia da República deveria ter mais deputados eleitos pelo círculo da emigração e a opinião que as comunidades portuguesas têm sobre o voto eletrônico ou sobre os processos eleitorais.
Segundo Christine de Oliveira, a SEDES conta com os órgãos de comunicação social para divulgar a iniciativa, mas sobretudo com “os contatos dos contatos”.
“Queremos trazer uma base científica o mais abrangente possível, de preferência com respostas válidas de todos os continentes”, disse.
Os resultados do inquérito deverão ser conhecidos próximo do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades, em 10 de junho, e ser transmitidos ao Governo português com um conjunto de propostas.
Segundo o relatório do Observatório da Emigração, apresentado em 2021, e de acordo com estatísticas das Nações Unidas, em 2019 existiam cerca de 2,6 milhões de portugueses emigrados.
Recentemente, em entrevista ao Mundo Lusíada, o Presidente do Parlamento defendeu uma mudança na lei eleitoral para breve, e que deve aumentar em Portugal não só deputados eleitos pela emigração como nascidos na emigração.