Da redação com Lusa
A taxa de incidência de infecções com SARS-CoV-2 nos últimos 14 dias continua a descer, fixando-se hoje nos 82,9 casos por 100 mil habitantes a nível nacional, mas o índice de transmissibilidade (Rt) voltou a subir.
Segundo o boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a nível nacional a taxa de incidência desceu de 86,5 para 82,9. Em Portugal continental, este indicador desceu dos 86,7 casos de infecção para 82,7.
O Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – voltou hoje a subir relativamente aos valores registados na semana anterior, passando a nível nacional de 0,92 para 0,95 e em Portugal continental de 0,91 para 0,95.
Portugal mantém-se na zona verde da matriz de risco.
Os dados do Rt e da incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias – indicadores que compõem a matriz de risco de acompanhamento da pandemia – são atualizados pelas autoridades de saúde à segunda-feira, à quarta-feira e à sexta-feira.
De acordo com o portal do Governo para a covid-19, “a monitorização da evolução da pandemia continuará a ser feita com base nos indicadores de incidência e Rt, adaptados de acordo com a evolução da vacinação (nível de alerta é de 240, nível de risco é de 480)”.
A covid-19 provocou pelo menos 4.847.904 mortes em todo o mundo, entre mais de 237,74 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.048 pessoas e foram contabilizados 1.075.639 casos de infecção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
Portugal regista hoje mais 327 casos confirmados de infecção, sete mortes associadas à covid-19 e um aumento no número de internamentos, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico da DGS divulgado hoje, estão internadas 356 pessoas, mais 22 do que no domingo, das quais 58 em unidades de cuidados intensivos, mais três nas últimas 24 horas.
Dos óbitos registrados desde sábado, um ocorreu na região de Lisboa, quatro no Norte, um no Centro e um no Alentejo.
Terceira dose
Os idosos com 80 ou mais anos e os utentes de lares e de unidades de cuidados continuados começam esta semana a receber a terceira dose da vacina para reforçar a sua imunidade contra o vírus SARS-CoV-2.
Estes dois grupos foram considerados prioritários para receberem este reforço da imunização contra a covid-19, anunciou na sexta-feira a DGS, que definiu que a administração desta terceira dose será, nesta fase, destinada às pessoas com mais idade.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que a dose de reforço será administrada seis meses após a vacinação completa a “pessoas que ficaram com imunidade na primeira série vacinal”, sendo agora necessário “passar a imunidade outra vez para o nível ótimo”.
Relativamente a outros grupos, a diretora-geral acrescentou que a inclusão dos profissionais de saúde está a ser ponderada, mas para já não são considerados prioritários.