Mundo Lusíada
Com agencias
Após a imprensa portuguesa divulgar que um avião Canadair de combate aos incêndios, que operava no fogo de Pedrógão Grande, teria caído nesta terça-feira à tarde, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) não confirma queda mas admitiu busca. O incêndio que já virou uma das maiores tragédias de Portugal mantém número de mortos em 64 vítimas. Agora já são 27 aldeias evacuadas em Góis e 13 em Pedrógão Grande.
O Comandante operacional da Proteção Civil, Vaz Pinto, negou que tivesse caído alguma aeronave nas operações de combate aos incêndios que estivesse ao serviço da ANPC. “Não tenho conhecimento de nenhuma aeronave ao serviço da proteção civil que tenha caído”, disse Vítor Vaz Pinto no ‘briefing’ aos jornalistas em Avelar, Ansião.
Aludindo à possibilidade de ter ocorrido outro evento que induzisse em erro, falou na hipótese da explosão de uma ‘roullote’ e admitiu o envio de equipas de buscas para o local. “Havia uma ‘roullote’ abandonada com botijas de gás, e eventualmente isso pode ter explodido», disse.
Na sequencia da notícia da possível queda de um avião, um helicóptero EH 101 da Força Aérea Portuguesa (FAP) de busca e salvamento teria sido ativado para participar nas operações para encontrar o Canadair em Leiria.
Mais cedo a Lusa divulgou que o avião teria caído entre as localidades de Picha e Louriceira, numa encosta onde as chamas lavram com grande intensidade como é visível pelo fumo negro.
Segundo moradores da zona, vários aviões descarregaram cargas de água na zona para tentar chegar ao local.
Com mil operacionais no terreno, juntam-se bombeiros da Amadora, Cascais, Belas, Póvoa de Santa Iria, Dafundo, Campo de Ourique, que integram uma equipe de bombeiros da região de Lisboa que chegou ao concelho de Pedrógão Grande para ajudar no combate às chamas. As elevadas temperaturas e vento forte estão a provocar o alastramento do incêndio que lavra no concelho de Góis e que já obrigou à evacuação de 27 aldeias, originando ainda a retirada de 56 idosos de um lar.
O secretário de Estado da Administração Interna adiantou que já estão a ser tomadas medidas para que uma ponta de fogo não entre no município da Lousã, que “costuma ser muito crítico”. As pessoas evacuadas estão a ser acolhidas no quartel de bombeiros de Góis.
O incêndio que lavra desde sábado em Góis aumentou de extensão nas últimas horas devido às constantes mudanças de vento, mas está a perder intensidade, segundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. “Já há algumas zonas que estão contidas e a ser eliminadas e o incêndio está a perder proporções e a ficar mais controlado, o que é bastante bom para todo o trabalho que está a ser feito”.