Incêndios: Portugal declara situação de alerta durante dois dias

Da Redação
Com Lusa

Portugal continental entrará em situação de alerta a partir das 00:00 de quinta-feira, e até dia 07, diante da previsão de “um significativo agravamento do risco de incêndio rural”, anunciou o Governo.

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) especifica que a situação de alerta se prolonga até às 23:59 do dia 07 de agosto em todo o território de Portugal continental.

A declaração surge na sequência da ativação do estado de alerta especial de nível vermelho para os distritos de Bragança, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco, Faro e Viseu.

O MAI justifica a decisão com as “previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio rural”, que torna necessária a adoção de medidas “preventivas e especiais de reação”.

As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) apontam para o risco de incêndio máximo e muito elevado na maioria dos concelhos do continente durante os próximos dias.

No comunicado, o MAI adianta que os distritos Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém e Viana do Castelo estarão em estado de alerta especial de nível laranja e Lisboa e Setúbal com nível amarelo.

Em situação de alerta é proibida a realização de queimadas e o uso de fogo de artifício ou de outros artefatos pirotécnicos, e é proibido o acesso, circulação e permanência em espaços florestais “previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios”.

Também não são permitidos trabalhos florestais e rurais com equipamentos elétricos em espaços, como motorroçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

É permitido, no entanto, alimentar animais, fazer podas, regas, extração de cortiça e mel, colheitas de culturas agrícolas, desde que “sejam de caráter essencial e inadiável”, em zonas de regadio, sem materiais inflamáveis e fora de floresta e mata. São permitidos ainda trabalhos de construção civil, “desde que inadiáveis e que sejam adotadas as adequadas medidas de mitigação de risco de incêndio rural”.

A declaração de situação de alerta implica a elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e da PSP, das equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial e a mobilização em permanência das equipas de sapadores florestais e do Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza.

Durante este período, a GNR vai realizar ações de patrulhamento e fiscalização aérea através de meios da Força Aérea, nos distritos em estado de alerta especial, incidindo nos locais sinalizados com um risco de incêndio muito elevado e máximo.

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