Incêndios: “As calamidades deixam marcas por muito e muito tempo”

Da Redação
Com Lusa

Em visita a Pedrógão Grande, o primeiro-ministro, António Costa, disse que as calamidades deixam marcas nos territórios e nas famílias, por muito e muito tempo e adiantou que é importante fazer tudo para que não se volte a repetir.

“As calamidades deixam marcas nos territórios, nas famílias, por muito e muito tempo. É muito importante o que o presidente de Castanheira disse que o país nunca mais esqueça aquilo que aqui aconteceu para que possamos fazer tudo para que isto não volte mais a acontecer”, afirmou o primeiro-ministro.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

António Costa, que se deslocou a Pedrógão Grande para realizar uma visita à área ardida e às obras de reconstrução nos três municípios mais afetados pelo incêndio de junho, disse que o trabalho de reconstrução “é absolutamente essencial”. “Estas semanas mostram a necessidade de agilizar os processos de reconstrução”, sustentou.

Para isso, defendeu o preenchimento de declarações prévias, com termo de responsabilidade por parte dos arquitetos que subscrevam os projetos: “É essencial que possam ser feitas sem carecer de licenciamento”.

O governante sublinhou ainda que das 214 casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios, 119 carecem de processos de reabilitação simples, mas adiantou que há 95 que precisam de recuperação integral. “Já há 38 habitações a ser intervencionadas através do fundo Revita, entre outras entidades”, disse.

António Costa salientou que as empresas devem apresentar as suas candidaturas, apesar de já haver quatro aprovadas para a sua reconstrução. “O apoio à reconstrução das empresas, a capacidade de novos investimentos e a revitalização da floresta é fundamental para devolver a normalidade a estes territórios”, disse.

Quanto às contas, que defendeu deverem ser prestadas aos portugueses face aos apoios e ao seu destino. O primeiro-ministro lembrou que houve em todo o país uma onda de “solidariedade extraordinária” e os apoios foram canalizados para diferentes instituições.

“Parte destes apoios têm sido canalizados para o fundo Revita que neste momento já está dotado de um total de 1,9 milhões de euros que provieram de um conjunto de entidades”, frisou.

Contudo, o total da verba, que se cifra em 4,7 milhões de euros vai ser canalizado para a reconstrução das habitações, para agricultores que sofreram danos, num valor rondará os 1,6 milhões de euros.

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