Da Redação
Com EBC
O incêndio que atingiu na noite de ontem (12) o Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 10 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros. Antes, a Defesa Civil chegou a divulgar o número de 11 mortos, mas a informação não foi confirmada pelos Bombeiros.
Os bombeiros já concluíram o trabalho de busca por vítimas dentro da unidade particular de saúde.
Havia mais de 100 pacientes no local, no momento do acidente, e 90 deles tiveram que ser transferidos para outros hospitais. Durante a retirada, vários pacientes chegaram a ser acomodados na própria rua.
Eles foram transferidos para os hospitais Israelita Albert Sabin, Municipal Souza Aguiar, Copa Dor, Quinta Dor, Norte Dor, Caxias Dor e São Vicente de Paulo.
Quatro bombeiros também passaram mal durante a operação de combate ao incêndio e resgate de vítimas e foram encaminhados para o hospital dos bombeiros.
A Rua São Francisco Xavier, em frente ao hospital, que estava interditada para a retirada dos pacientes e o trabalho dos bombeiros, foi liberada ao tráfego nesta manhã.
Os corpos das pessoas mortas no incêndio já estão no Instituto Médico-Legal (IML). Parentes de algumas vítimas também estão no local acompanhando o processo de identificação e perícia.
Uma das vítimas é Luzia dos Santos Melo, de 88 anos, que estava internada com pneumonia no CTI do hospital, segundo informações de seu filho Emanuel Ricardo.
Ele contou que o CTI foi afetado por uma fumaça e um cheiro de diesel, possivelmente proveniente da queima do combustível do gerador de energia do hospital, já que a hipótese inicial é que o fogo tenha começado com um curto-circuito no equipamento.
“Houve uma explosão muito grande e dessa explosão veio uma fumaça muito forte. Não teve fogo [no CTI], teve fumaça e um cheiro forte de diesel. Até que uma médica disse que tinha que tirar os pacientes. Minha mãe estava no boxe 2 e praticamente foi a última a sair daquele lugar”, contou.
A Polícia Civil informou que as circunstâncias do incêndio estão sendo investigadas pela Delegacia da Praça da Bandeira (18ª DP) e que a perícia está sendo realizada no local.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, visitou o hospital na manhã de hoje e decreto luto de três dias. Segundo ele, um incêndio criminoso não está descartado e tem que ser investigado. “A cena é das mais tristes do mundo. Tudo preto. Uma fuligem no chão, que a gente imagina que seja de forro que pegou fogo. O prédio está completamente negro”, disse.