Mundo Lusíada
Com agencias
O presidente da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), Vítor Costa, inaugurou o miradouro do Arco da Rua Augusta, e disse que vai ser feito por um elevador com capacidade máxima para cerca de uma dezena de utilizadores.
O acesso ao topo do Arco da Rua Augusta, em Lisboa, vai custar 2,5 euros e poderá ser visitado a partir de 09 de agosto, segundo a Associação de Turismo da capital. Por questões de prevenção colocadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, apenas vão poder estar no topo do arco cerca de 35 pessoas em simultâneo, indicou Vítor Costa. A ATL estima que, no primeiro ano, o miradouro seja visitado por 150 mil pessoas.
Lisboetas e visitantes conseguem visitar o Arco da Rua Augusta depois de sete meses de restauro e de um investimento de cerca de 950.000 euros, suportados na íntegra por fundos da ATL.
“O arco já lá está há 138 anos, mas é como se fosse novo. Antes estava todo preto, agora as pessoas conseguem ver todos os seus pormenores fantásticos. Temos vários miradouros em Lisboa, mas este permite uma relação muito próxima com a Baixa. A Rua Augusta é como se fosse uma tapeçaria. E parece que estamos no primeiro balcão de uma sala de espetáculos, que é o Terreiro do Paço”, descreveu Vítor Costa à Lusa.
O miradouro está aberto diariamente entre as 09:00 e as 19:00, mas até dia 18, vai encerrar duas horas mais tarde, devido a um espetáculo multimídia, “Arco de Luz”, que será transmitido nestes dez dias às 21:30, 22:30 e 23:30.
“É usada uma técnica chamada ‘vídeo mapping’, ou seja, uma projeção de vídeo em três dimensões em edifícios. Neste caso, a projeção é feita sobre toda a fachada do Arco e conta a sua história”, explicou o presidente da ATL. Nos intervalos das apresentações, os espetadores vão poder ‘desenhar no próprio arco’, através do uso de um computador que fará a projeção simultaneamente para o monumento.
O acesso a este miradouro é também consequência do “acordo global” entre a Câmara de Lisboa e o Governo sobre vários assuntos que estavam pendentes há décadas, nomeadamente os terrenos do aeroporto e do Centro Cultural de Belém (CCB).
Neste acordo foi também decidido ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) as duas salas da ala norte do Terreiro do Paço, que foram afetas à Câmara de Lisboa com a extinção da Cidade Frente Tejo (projeto de reabilitação urbana do Terreiro do Paço).
Em contrapartida, foi cedido ao município, por 50 anos, o espaço necessário à instalação e à exploração do elevador de acesso ao Arco da Rua Augusta, que vai ser “um novo polo de atração turística muito importante” para a cidade, segundo António Costa.
O Arco da Rua Augusta foi construído depois do terremoto de 1 de Novembro de 1755 que levou à reconstrução de Lisboa. A sua primeira versão nunca chegou a ser concluída, e em 1873 a obra foi retomada, com um segundo projeto concluído em 1875.