Imobiliário representa mais de metade do investimento direto estrangeiro em Portugal

ANTONIO COTRIM/LUSA

Da Redação com Lusa

 

As transações de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal foram de 6.800 milhões de euros em 2023, menos 16% do que em 2022, sendo que mais de metade foi investimento imobiliário, divulgou hoje o Banco de Portugal.

Do total das transações de IDE em Portugal o ano passado, mais de metade (3.900 milhões de euros) foram relativas a investimento imobiliário (mais 22% do que em 2022).

Aliás, no ano de 2023 o investimento direto estrangeiro em imobiliário atingiu o maior valor desde o início da série do Banco de Portugal (2008).

Quanto ao total das transações de IDE em 2023, a maior parte veio de países da Europa (4.993 milhões de euros), seguido de países da Ásia (1.175 milhões de euros).

No final do ano de 2023, o ‘stock’ de investimento direto estrangeiro em Portugal era de 180.000 milhões de euros (mais 10.600 milhões de euros face a 2022) e o ‘stock’ do investimento direto de Portugal no exterior era de 64.000 milhões de euros.

O BdP disse hoje que “desde 2008 ambos os ‘stocks’ têm aumentado, embora a ritmos diferentes”. O IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o final de 2023, enquanto o investimento direto de Portugal no exterior cresceu 22%.

O ano passado, as regiões da Grande Lisboa, do Norte e do Algarve concentravam mais de 80% do ‘stock’ de IDE em Portugal.

O investimento direto é um investimento que implica o controlo ou importante grau de influência sobre uma empresa (compra de empresas, compra de importante participação numa empresa ou até concessão de empréstimos).

 

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