Da Redação
Com Lusa
O humorista português Ricardo Araújo Pereira participa na 14.ª Festa Internacional Literária de Paraty (Flip), que começou dia 29 e vai até dia 03 na cidade do Estado do Rio de Janeiro.
O também argumentista, cronista e comentador partilha dia 01 a mesa “Mixórdia de temáticas”, com a argumentista e escritora Tati Bernardi, e lançar no Brasil o seu novo livro, “A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar – Uma Espécie de Manual de Escrita Humorística”, antecipando a edição em Portugal, segundo a editora.
De acordo com a programação da festa, Ricardo Araújo Pereira participa igualmente na sessão de fecho do festival, no encontro tradicional “Livro de Cabeceira”, em que autores convidados leem trechos de suas obras favoritas.
A sessão de abertura da Flip contou com o cineasta Walter Carvalho, com o documentário “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, filme que a organização define como “um mergulho” no universo do poeta Armando Freitas Filho, ao lado do realizador e diretor de fotografia, na abertura oficial da festa.
A edição deste ano da Flip presta homenagem à poetisa brasileira Ana Cristina Cesar (1952-83), ou Ana C., como assinou. A mesa que reúne as “herdeiras diretas de Ana C.”, as escritoras Annita Costa Malufe, Marília Garcia e Laura Liuzzi, “reforça o compromisso da Flip com a poesia”.
A par deste encontro, intitulado “A teus pés”, foi feita a apresentação de “Inconfissões”, a fotobiografia de Ana César, acompanhada da leitura de textos e poemas, por Adriana Calcanhotto, entre outros participantes.
A escritora bielorrussa Svetlana Alexievitch, Nobel da Literatura 2015, autora de “Vozes de Chernobyl” e “O Fim do Homem Soviético”, intervém no sábado, para falar das suas obras, construções polifónicas, feitas da sobreposição de longos depoimentos escritos na primeira pessoa.
Dois autores estrangeiros com visão aprofundada do Brasil, o norte-americano Benjamin Moser, conhecido como o primeiro biógrafo internacional de Clarice Lispector, e o historiador britânico Kenneth Maxwell, também marcam presença no festival, em diferentes sessões, ao longo dos cinco dias, assim como o escritor norueguês Karl Ove Knausgårdq, autor da série “A minha luta”, que falou sobre a sua prosa memorialística, de caráter autobiográfico, reconhecida mundialmente.
O festival destaca também a ficção latino-americana do mexicano Álvaro Enrigue e do mineiro Marcílio França Castro, e reuniu ainda o médico Henry Marsh, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, o romancista holandês Arthur Japin e o artista plástico Guto Lacaz, em torno da literatura.
Entre os autores esperados na festa estão ainda o norte-americano Bill Clegg, o galês Irvine Welsh, a mexicana Valeria Luiselli, as britânicas Helen Macdonald, Kate Tempest e os brasileiros Heloisa Buarque de Hollanda, Ramon Nunes Melo, Sérgio Alcides, Vilma Arêa e J.P Cuenca.
O encontro entre o refugiado sírio Abud Said e a jornalista Patrícia Campos Mello, “Síria, mon amour”, realiza-se no último dia da festa, e foi definido pelo curador da Flip, Paulo Werneck, como “uma declaração de amor à Síria”.
Para o tradicional encontro de fecho da Flip, “Livro de Cabeceira”, em que autores convidados leem trechos de suas obras favoritas, foram anunciados Arthur Japin, Heloisa Buarque de Hollanda, JP Cuenca, Karl Ove Knausgård, Laura Liuzzi, Marcílio França Castro e Kate Tempest, além de Ricardo Araújo Pereira.