Habibs indeniza comunidade através da Provedoria

Centro de Apoio recebe subsídio de 25 mil Euros do governo português.

Mundo Lusíada

De acordo com o presidente da Provedoria da Comunidade Portuguesa, a rede Habibs entregou um carro zero quilômetros no Lar dos Idosos, há cerca de dois meses. A rede árabe, que traz alguns quitutes portugueses no cardápio, teve de indenizar a comunidade portuguesa pela “propaganda discriminató ria”, conforme acusou o advogado e presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira de SP, Antonio de Almeida e Silva.

A empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público no qual se comprometeu a doar um veículo van para a Provedoria da Comunidade Portuguesa, além de veicular anúncios em portal de notícias exaltando a comunidade e a cultura portuguesa no Brasil, na divulgação do Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas, comemorados em 10 de junho. “O bolinho é português, o preço é uma piada” foi a campanha publicitária que deu origem a ação no Ministério Público de São Paulo.

“Veio uma Kombi, esta Kombi está lá, estamos já vendendo a antiga, e a nova está funcionando” diz Fernando Ramalho sobre o carro do ano. A doação corresponde ao valor de 50 mil reais, e serve para levar os pacientes para o hospital quando há consultas, além de ir ao supermercado fazer compras.

 

Centro de Apoio

Paralelo a Provedoria, a diretoria gere o Centro de Apoio a portugueses carenciados que funciona no edifício da Casa de Portugal de São Paulo, e é mantido com o subsídio do governo português. Atualmente, está funcionando com um número reduzido de funcionárias. “Este ano veio 25 mil Euros. Este dinheiro do subsídio só usamos para o Centro de Apoio. E vice-versa. Quem sustenta o Lar é a comunidade portuguesa de São Paulo”.

De acordo com Ramalho, o gasto mensal do Centro de Apoio está por volta de 8 mil Reais, o que pelo subsídio enviado pelo governo português mantém o órgão pelos próximos oito meses. “Nós tínhamos quatro funcionários, reduzimos para três, reduzimos para dois. Menos que isso não dá para funcionar, que é uma assistente social e uma secretária” relata.

“Aquilo na realidade é um belo serviço que prestamos a nossa gente, e que alivia o Consulado, que só tem uma pessoa para tratar destes assuntos. Nós fazemos o trabalho braçal e enviamos para o Consulado resolver. Quando o governo português quer saber quem está recebendo o subsídio, prova de vida, quem faz é o Centro de Apoio. Portanto, quem torce mais para que o centro continue aberto é o Consulado de Portugal” garante Ramalho.

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