Da Redação
Com ONU News
O secretário-geral da ONU realizou uma visita de emergência à Somália para prestar um apoio massivo ao país africano, onde metade da população, cerca de 6,2 milhões de pessoas, precisam de assistência para sobreviver. António Guterres ressaltou a crise de fome e cólera que atingem a Somália.
Em Mogadíscio, capital somali, António Guterres afirmou que o país vive, ao mesmo tempo um momento de tragédia e de esperança. Ele lembrou dos casos de mortes por causa da fome e de doenças, e “um momento de esperança” com a eleição do novo presidente Mohamed Abdullhai Mohamed, e a indicação de um novo primeiro-ministro.
Segundo Guterres, a comunidade internacional precisa apoiar também financeiramente o momento de mudança no país.
O chefe da ONU disse haver colaboração na Somália e que com o apoio da comunidade internacional, a país poderá evitar o pior e lançar a base para um “virar da página”.
De acordo com o secretário-geral da ONU, só dessa forma o país do Chifre da África deverá finalmente, encontrar o caminho para a estabilidade, paz e prosperidade que os somalis sempre foram capazes.
Guterres citou a crise de 2011, quando de acordo com as Nações Unidas, pelo menos 165 mil pessoas morreram de fome no país africano.
Cólera
O secretário-geral chamou atenção para o processo de aceleração da cólera que piora e torna mais perigosa a fome. Em dois meses ocorreram 7.731 casos e 183 mortos. Na semana passada, 1.352 casos e 38 mortes.
Ele destacou a “excelente cooperação” entre o governo, o presidente, e a comunidade humanitária que inclui a família das Nações Unidas, o movimento de ONGs, a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.
Guterres também elogiou o papel das forças de paz da Amisom, que são as tropas conjuntas da União Africana e da ONU.
Um dos pontos mais destacados por Guterres foi o plano de ação e a capacidade no terreno, mas ele disse que é preciso “apoio massivo da comunidade internacional” para evitar uma repetição dos acontecimentos ocorridos há seis anos.
A Somália tem 6,2 milhões de pessoas que precisam de assistência. Pelo menos 330 mil crianças sofrem de desnutrição aguda, um número que pode triplicar se não houver apoio suficiente.
Cerca de 3,3 milhões de pessoas precisam de apoio na área de saúde para evitar o impacto de doenças e evitar mortes por falta de assistência médica.