Da Redação
Celebrado no mundo todo, o Natal possui, dependendo da cultura e do país, particularidades que tornam a data diferente de um povo para outro. São muitas tradições: dar presentes, preparar guloseimas específicas dessa época, enviar cartões natalinos, entre tantas outras.
De um país para o outro, as festas podem ser bem diferentes, com tradições, comemorações e ritos próprios de cada cultura e civilização, a começar pela data da celebração. Segundo a Britannica® Digital Learning, enquanto em alguns países a troca de presentes é realizada no dia 24 de dezembro, em outros, esse costume acontece no dia 25 ou até no dia 6 de janeiro, sendo este último mais comum no oriente, onde a data simboliza a chamada Epifania, dia do batismo de Jesus e da chegada dos três reis magos.
Em alguns casos, as festividades costumam durar bem mais que um dia. No Brasil, por exemplo, as celebrações começam no dia 24 e se estendem até o dia 25. Nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças, sempre na última quinta-feira de novembro, marca o início das comemorações natalinas. Ainda segundo a Britannica, o Natal não é mais apenas um festival religioso. A data é também um dos períodos de férias mais populares para os países em que o cristianismo é a religião dominante. Mesmo no Japão, onde o cristianismo é uma religião minoritária, o Natal tornou-se uma festa tradicional, com as pessoas adquirindo o hábito de trocar presentes.
Curiosidades e símbolos natalinos ao redor do mundo
A árvore de Natal surgiu de duas tradições alemãs: a “árvore do paraíso”, parte da festa de Adão e Eva, que eram homenageados como primeiros pais da humanidade com a árvore repleta de maçãs penduradas; e a “pirâmide de natal”, também conhecida como “torre do advento”, que é uma espécie de pirâmide feita de prateleiras, preenchida com pequenos ornamentos, figuras natalinas, velas e uma estrela no topo.
Na Índia, o abeto como árvore de Natal é substituído pela mangueira, ou a árvore de bambu, e as casas são decoradas com folhas de manga.
Na Espanha e Itália, as crianças só recebem os presentes na noite de 5 de janeiro. Segundo o folclore italiano, uma velha chamada Befana desce chaminés e entrega presentes para as crianças durante a noite, assim como os três Reis Magos levaram presentes ao menino Jesus. Na Espanha, as crianças deixam seus sapatos do lado de fora das casas, cheios de palha e cevada, para os animais dos reis magos se alimentarem. Em troca, recebem presentes.
Na França, as famílias comem uma bûche de Noël, uma torta típica natalina em formato de tronco de árvore. A origem da torta remonta à época em que os camponeses, no inverno, queimavam, em oferta aos deuses, um grande tronco de árvore na lareira de casa. Este tronco deveria ser consumido lentamente, durante vários dias. Quanto mais tempo durasse a fogueira, maior seriam a fartura e a colheita no ano seguinte. No dia 24 de dezembro, a família se reunia para jantar em torno da lareira. Após a refeição, as crianças deixavam o local para rezarem e pedirem presentes. Quando retornavam, encontravam bombons e docinhos espalhados em volta do tronco. Durante séculos, o tronco era o símbolo de calor e conforto familiar, assim como esperança para o novo ano.
No México as pessoas costumam fazer buñuelos, tortillas fritas cobertas com xarope e açúcar de canela. Além disso, os mexicanos reproduzem a busca de Maria e José por um lugar para se abrigar e dar à luz o menino Jesus.
A tradição de trocar presentes é um costume mais antigo que o feriado natalino em si. A data para a celebração do Natal, segundo registros, pode ter sido escolhida para competir com festivais pagãos que costumavam ocorrer sempre no fim de dezembro. Um desses festivais, o Ano Novo Romano, pode ter influenciado o feriado cristão, uma vez que as casas eram decoradas com folhagens e luzes, e presentes eram dados a crianças e pobres. Como as tribos germânicas da Europa aceitaram o cristianismo e começaram a celebrar o Natal, este também passou a conter a troca de presentes.
Na Islândia, a noite de Natal representa descobertas por meio da literatura. No país, a tradição é dar livros de presente e, depois do jantar de Natal, sentar para passar o resto da noite lendo com a família. O costume movimenta o mercado literário local e promove um fenômeno conhecido por Jólabókaflóð, ou “dilúvio de livros”. Essa tradição vem da Segunda Guerra Mundial, quando, por conta das restrições às importações, a população começou a presentear com livros, que eram impressos no próprio país.
O uso de guirlandas como símbolos de vida era um costume antigo dos egípcios, chineses e hebreus, entre outros povos. A veneração da árvore era uma característica comum da religião entre os povos teutônicos e escandinavos do norte da Europa antes de sua conversão ao cristianismo. Eles decoravam portas com vegetação na virada do ano novo para espantar os demônios. O enfeite com folhas espinhosas e frutas vermelhas entrou em uso no feriado para lembrar aos povos da coroa de espinhos usada por Jesus na crucificação.