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Da Redação
Com Lusa
No sábado, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Nabian, disse que discutiu com o seu homólogo português, António Costa, o acordo bilateral de cooperação e o desenvolvimento econômico entre os dois países.
“Estive com o meu homólogo português, foi uma visita de cortesia e conhecimento, portanto, depois da aprovação do programa que legitimou o Governo da Guiné-Bissau tive a honra de ser recebido pelo primeiro-ministro português como primeiro-ministro legítimo do Governo da Guiné-Bissau”, afirmou Nuno Nabian.
O primeiro-ministro guineense disse que durante o encontro foi abordado o “problema que hoje abala o mundo, que é a covid-19”, e o “assunto central que é o acordo bilateral entre a Guiné-Bissau e Portugal”.
Nuno Nabian afirmou também que falou com Costa sobre os seus primeiros 100 dias de governação e apresentou o “programa de desenvolvimento econômico e financeiro” para o país.
Num ‘tweet’ publicado na sua conta no Twitter, António Costa disse estar empenhado em reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau nos setores da saúde, educação e justiça.
“Portugal é o principal parceiro econômico da Guiné-Bissau e está empenhado em reforçar a cooperação para fazer face aos principais desafios enfrentados pela sociedade guineense, em particular nas áreas da saúde, educação e justiça”, lê-se num dos dois ‘tweets’ publicados, acompanhados por fotografias do encontro, na residência oficial de São Bento, com Nuno Nabian, que efetua uma visita privada a Lisboa.
Nabian conseguiu fazer aprovar no parlamento guineense o seu programa de Governo, mas as Nações Unidas continuam a insistir que devem ser cumpridas as recomendações da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau, nomeadamente “a nomeação de um primeiro-ministro e a formação de um novo Governo, em total conformidade com as disposições da Constituição e com os resultados das eleições legislativas de março de 2019”.
A CEDEAO deu um prazo até 22 de maio ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para nomear um novo Governo respeitando o resultado das legislativas de 2019, que foram ganhas pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o que ainda não aconteceu.
A Guiné-Bissau está a viver um período de especial tensão política desde o início do ano devido a uma disputa em relação aos resultados das eleições presidenciais, sobre a qual o Supremo Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou.