Da Redação com Lusa
A greve de trabalhadores cancelou dezenas de voos esta manhã no aeroporto de Paris Charles de Gaulle (CDG), enquanto em Madrid 15 voos foram cancelados e outros 175 sofreram atrasos devido greves na easyJet e Ryanair.
A ANA – Aeroportos de Portugal aumentou de 22 para 38 a previsão do número de voos cancelados durante este dia 03 de julho com destino e origem no aeroporto de Lisboa, devido aos constrangimentos em vários aeroportos internacionais.
“Devido a constrangimentos em vários aeroportos internacionais, entre outros, estão previstos, para o dia de hoje, 38 voos cancelados — 20 chegadas e 18 partidas no Aeroporto Humberto Delgado”, informou a ANA.
Esta informação atualiza os dados divulgados pela ANA ao início da tarde, que apontavam para o cancelamento de um total de 22 voos, dos quais 11 chegadas e 11 partidas no Aeroporto Humberto Delgado.
No sábado, a previsão da ANA apontava para 65 voos cancelados naquele dia com destino e origem no aeroporto de Lisboa.
Os problemas observados em Lisboa estão a ser vividos em vários aeroportos nos Estados Unidos e na Europa.
Na origem destas situações estão falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a covid-19 ou com imprevistos, como é o caso do rebentamento do pneu de um jato particular que encerrou por algumas horas a pista do aeroporto de Lisboa, na tarde desta sexta-feira.
No principal aeroporto da capital francesa, o conflito está relacionado com os salários e condições de trabalho e pode afetar o arranque das férias daqui a uma semana.
Os bombeiros do Paris CDG estão em greve desde quinta-feira, o que obrigou a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) a pedir a suspensão preventiva de voos e a encerrar parte das pistas, por questões de segurança.
Os funcionários dos Aeroportos de Paris (ADP), grupo controlado maioritariamente pelo Estado, e os subcontratados associaram-se ao movimento de contestação social intersindical, de acordo com a direção.
As negociações salariais não foram concluídas na sexta-feira e a mesa negocial permanece aberta, disse o porta-voz do ADP.
Os bombeiros levantaram, entretanto, o pré-aviso de greve para o resto do fim de semana, o que para a DGAC e a ADP permite antever um domingo sem perturbações.
Por outro lado, apresentaram outro pré-aviso de greve que se prolonga desde as 05:00 de 08 de julho, sexta-feira, até à meia-noite de domingo, 10 de julho, o primeiro fim de semana das férias grandes escolares.
Em Madrid, pelas 13:00 locais, cinco voos da companhia de baixo custo easyJet e 10 voos da também ‘low cost’ Ryanair tinham sido cancelados e 175 outros sofreram atrasos, dos quais 52 da easyJet e 123 da Ryanair, segundo números avançados pelos sindicatos em comunicado.
Na Ryanair, os representantes do sindicato espanhol USO já anunciaram três novos períodos de greve, de quatro dias cada: de 12 a 15 de julho; de 18 a 21 de julho; e de 25 a 28 de julho, nos 10 aeroportos espanhóis onde a companhia irlandesa opera.
A greve na Ryanair pretende obter melhores condições de trabalho para os 1.900 assistentes de cabine da companhia em Espanha.
Já o pessoal de cabine da easyJet reivindica um alinhamento das suas condições de trabalho com as dos seus colegas no resto da Europa.