Grande preocupação dos portugueses na viragem de ano chama-se inflação – Presidente

Arquivo/Lusa: Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa em mercado.

Da Redação com Lusa

O Presidente de Portugal indicou que “é muito importante ver nos três primeiros meses se os preços começam a descer um bocadinho ou continuam elevados ao nível a que estão”.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa considerou na quarta-feira à noite que a “grande preocupação dos portugueses” nos primeiros meses do próximo ano será a inflação.

“É evidente que a grande preocupação dos portugueses nesta viragem de ano chama-se inflação”, disse o chefe de Estado aos jornalistas no jantar de Natal da Refood, em Lisboa.

O Presidente da República indicou que “é muito importante ver nos três primeiros meses se os preços começam a descer um bocadinho ou continuam elevados ao nível a que estão”.

Lembrando que hoje recebeu em audiência no Palácio de Belém a UGT e a Confederação do Turismo de Portugal e que na quinta-feira continuam as audiências com outros parceiros sociais, o chefe de Estado salientou que “isso vai determinar muito o tipo de contratação entre sindicatos e patrões”.

“Eles estão muito esperançados numa série de setores de que seja possível que os patrões aceitem corresponder à inflação, não exatamente totalmente, mas a uma parte significativa da inflação”, referiu.

Contudo, alertou, “há setores onde é um bocadinho mais difícil”.

O Presidente da República chegou a este jantar solidário já a entrada tinha sido servida, e justificou aos jornalistas que se atrasou cerca de 45 minutos porque esteve a promulgar diplomas da Assembleia da República e do Governo.

Sobre a Refood, associação que recolhe alimentos que seriam desperdício e os distribui a quem mais precisa, Marcelo afirmou que a Refood tem atualmente “dificuldades de recolha de alimentos”, mas “há mais beneficiários, há mais necessidade”.

“Muitas das unidades onde se ia recolher a comida estão neste momento a vender menos e a produzir menos e estão com menos pessoal para o apoio, que é fundamental para quem vai recolher. Isto está um bocadinho a esticar comparado com outros anos, vamos ver como é possível compensar isso”, considerou.

Quando chegou a esta iniciativa, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se a todas as mesas e cumprimentou um a um a cerca de uma centena de adultos e crianças que estavam presentes, portugueses e imigrantes, tendo encontrado algumas pessoas que vieram da Ucrânia para fugir da guerra.

Numa das mesas, estava uma menina que frequenta o primeiro ano escolaridade e quis saber o que o Presidente da República recebeu ‘no sapatinho’ este Natal.

“Presente nenhum”, confidenciou Marcelo, explicando de seguida que a sua família “normalmente dá um presente cada pessoa a outra”, mas “este ano, mesmo em cima do Natal, decidiu-se que não havia presentes”.

“E, portanto, eu não dei presente nem recebi presente, na minha família decidimos assim”, afirmou.

Mas hoje o caso foi diferente e o Presidente ofereceu presentes às várias crianças.

Depois do jantar, e antes das prendas, houve também tempo para ouvir uma atuação com música ucraniana.

Festa de Natal da Re-food em Lisboa

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