Governo vai apoiar 150 ‘startups’ na Web Summit 2017, candidaturas estão abertas

Da Redação

O Secretário de Estado português da Indústria, João Vasconcelos, afirmou que a Web Summit é uma “montra para o País”, dando visibilidade a Portugal, durante conferência de imprensa no Ministério da Economia, após se ter reunido com elementos de várias das startups portuguesas (empresas com rápido potencial de crescimento) que participaram na edição de 2016.

“Queremos apoiar mais empresas. No ano passado, havia 67 empresas cuja participação foi totalmente financiada pelo Governo, mas houve outras startups portuguesas que foram escolhidas pela própria Web Summit, e que não tinham qualquer apoio público, e isso não é justo”.

Aumentar o apoio do Estado às startups participantes na edição de 2017 da Web Summit “é uma decisão da Startup Portugal”. A subida do número de empresas apoiadas, de 67 para 150, vai permitir uma maior representação portuguesa na na Web Summit, referiu também o Secretário de Estado.

“Em 2017, ao contrário do que aconteceu em 2016, as startups vão ser todas selecionadas através dos critérios da própria Web Summit, pelo que o Governo avançará com o pagamento de 50% da participação para as primeiras 150 companhias apuradas”, afirmou João Vasconcelos.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de uma empresa portuguesa ser escolhida para entrar na Web Summit e não ter a verba necessária para participar, o Secretário de Estado disse que “o valor de metade da inscrição é de cerca de 300 a 400 euros – a outra metade é paga pelo Governo”.

Vasconcelos referiu que as 150 empresas, além de descontos, vão beneficiar de “acesso gratuito a sessões de preparação, onde podem aprender como aproveitar ao máximo a sua presença num evento que traz a Portugal alguns dos melhores investidores, jornalistas, empresários e CEO [presidentes executivos] do mundo”.

“A Web Summit é o mais importante evento para ‘startups’ do mundo, com mesas redondas e programas como o Mentor e as Office Hours, que ajudam a pôr as ‘startups’ em contacto com mais de 1.500 investidores dos maiores fundos do mundo”, referiu o responsável Paddy Griffith, acrescentando ter grande expectativa para “ver quem se candidata este ano”.

A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que se realiza anualmente em Lisboa, esperando-se este ano mais de 60 mil participantes de 170 países, incluindo mais de 20 mil empresas, sete mil CEO e dois mil jornalistas.

Nove portugueses integram a lista dos primeiros 200 oradores anunciados para a conferência, no mês de novembro, estando entre os ‘repetentes’ o comissário europeu português, Carlos Moedas, o antigo primeiro-ministro e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o antigo futebolista e empresário Luís Figo, o surfista Tiago Pires, o administrador executivo do Benfica, Domingos Oliveira, e o presidente da empresa Veniam, João Barros.

Também a repetir presença estarão José Neves, fundador e presidente executivo da Farfetch, e João Guerra, cofundador da Dream Factory Network. Como estreante e ‘cabeça de cartaz’ surge o banqueiro António Horta Osório, responsável máximo do Lloyd Banking Group.

Estima-se que a edição de 2016 da Web Summit tenha injetado 200 milhões de euros na economia nacional, sendo um quarto desse valor absorvido pela indústria hoteleira e 50 milhões pelos diversos fornecedores diretamente ligados ao evento.

Segundo informação oficial disponibilizada, desde 2010, as ‘startups’ portuguesas que se apresentaram na Web Summit já angariaram mais de 78 milhões de euros. Segundo dados da Startup Europe Partnership, esse valor representa cerca de um terço do total de 273 milhões de euros angariados pelas empresas desde 2010. Em 2016 registrou-se uma captação de 21 milhões de euros.

As candidaturas estão abertas através do site: websummit.com/road-web-summit até final de agosto, estando previsto o anúncio dos vencedores até 15 de setembro.

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