Governo português garante que salários de professores no estrangeiro vão ser atualizados

Da Redação
Com Port.Com

Foto/Arquivo: O Secretário de Estado das Comunidades Portugueses, José Cesário, em visita a Santos, São Paulo.
Foto/Arquivo: O Secretário de Estado das Comunidades Portugueses, José Cesário.

O Sindicato de Professores no Estrangeiro promoveu no passado 24 de agosto, na cidade de Amarante, um encontro dos seus associados com o Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, para debater a qualidade do ensino de português nas comunidades portuguesas.

Neste encontro também foram abordadas as atualizações salarias dos professores face a situações cambiais e a que José Cesário informou que “o Estado está a preparar um projeto que prevê atualizações salariais automáticas dos professores que compensem as desvalorizações ou valorizações cambiais, face ao euro, das moedas dos países onde os docentes exercem a atividade”.

Em declarações prestadas à revista PORT.COM que acompanhou este encontro em Amarante, o secretário-geral do Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE), Carlos Pato, afirmou que “a qualidade do ensino de português nas comunidades portuguesas tem diminuído devido ao menor número de professores” e acrescentou que “com a mistura de níveis a proficiência dentro de uma sala de aula, sentimos mais dificuldades e reconhecemos que o nível da qualidade do ensino desce”, considerou, afirmando que há cerca de seis anos havia 600 professores e atualmente há 317.

Também o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse à revista Port.Com, haver mais pessoas a aprender português entre os emigrantes, mas admitiu que o número de professores do Estado tem diminuído.

“Na realidade hoje temos mais gente a aprender português na Rede do Instituto Camões, embora tenhamos menos professores contratados diretamente do que tínhamos há meia dúzia de anos”, afirmou.

O governante explicou ainda que a rede tem se alargado, “não apenas por via dos cursos administrados por via direta, mas também por muitos cursos que são de iniciativa local”.

“São cursos que nós temos passado a apoiar, com avaliação e certificação”, sublinhou, apontando os casos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Venezuela. E continuou: “O Estado está a procurar corresponder à procura nos maiores aglomerados de emigração mas, no futuro, vão ter que se desenvolver estratégias para se chegar a um maior número de comunidades isoladas”.

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